DISCURSO ALINHADO
Bruno Reis reforça discurso de 'ilegalidade' de Bivar em ação no UB
Prefeito de Salvador reiterou fala de secretário-geral do partido sobre conflito interno da sigla
Por Eduardo Dias

O prefeito de Salvador, Bruno Reis, comentou nesta terça-feira, 22, sobre o conflito interno que ocorre no União Brasil entre o presidente nacional da sigla, Luciano Bivar, e demais membros da executiva.
De acordo com o jornal O Globo, o secretário-geral do partido, ACM Neto, que também é ex-prefeito de Salvador, entrou em cena para liderar um processo de “fritura” de Bivar com aliados do UB.
O desentendimento entre Neto e Bivar começou após o presidente interferir no diretório do Amazonas e convocar, unilateralmente, uma eleição fora de época na sigla para tentar eleger lideranças locais alinhadas a ele. O mesmo ocorreu em outros estados, como Maranhão, Mato Grosso e Acre.
Segundo Bruno Reis, Bivar cometeu um ato de ilegalidade estatutária e os membros da executiva nacional resolveram acionar a justiça para corrigir o “erro” do presidente.
“[...]A comissão provisória do Amazonas, estatutariamente, qualquer decisão em relação às composições partidárias nos estados e nas cidades, tem que ser aprovada por 60 % da comissão instituidora. Como cometeu uma ilegalidade, nós fomos à justiça, conseguimos uma decisão na ordem de segurança que suspendeu essa substituição e isso resultou, naturalmente, em uma discussão em terra para que o que está no estatuto possa ser respeitado. Então nós fomos à justiça por entender que houve um desrespeito no estatuto e partido, toda vez que isso ocorrer, também adotaremos a mesma posição”, afirmou o prefeito.
O União Brasil, oriundo da fusão entre PSL e Democratas, convive com disputas internas desde a sua formação, em 2021. Segundo a O Globo, a maioria dos membros da executiva nacional do União Brasil emitiram uma nota com críticas à atuação de Bivar.
O documento teria sido assinado e enviado por ACM Neto, José Agripino Maia (ex-senador), Ronaldo Caiado (governador de Goiás), Professora Dorinha Seabra (senadora pelo Tocantins), Mendonça Filho (deputado federal por Pernambuco), Davi Alcolumbre (senador pelo Amapá e ex-presidente do Senado) e Bruno Reis , prefeito de Salvador.
"O presidente Bivar, infelizmente, tomou uma decisão individual que caberia à executiva nacional, o que mostra a necessidade de uma repactuação interna no partido, inclusive, para que deputados e senadores tenham maior peso nas decisões", disse Neto ao O Globo.
Compartilhe essa notícia com seus amigos
Siga nossas redes