Construção de torres na Praia do Buracão segue alvo de prostestos

A forte investida de construtoras que querem instalar três prédios com 18 andares na Praia do Buracão, no Rio Vermelho, segue sendo alvo de prostestos por parte de moradores do bairro. Nesta semana, o grupo SOS Buracão recorreu à Tribuna Popular da Câmara Municipal de Salvador (CMS) para tratar do tema.

Representante da Associação dos Moradores da Rua do Barro Vermelho e coordenador do SOS Buracão, Luís Antonio de Souza, afirmou que a construção das três torres na Praia do Buracão trará impactos ambientais, como o sombreamento da areia e do mar. Ele disse que o projeto afetará também a qualidade de vida das pessoas.

Dentro das ações do movimento SOS Buracão para evitar a construção das torres, Luís Antonio propôs na CMS a revisão imediata do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU) e solicitou uma audiência com o prefeito Bruno Reis (UB) para discutir o assunto.

Nas galerias do Plenário Cosme de Farias, integrantes do movimento SOS Buracão se manifestaram contra a construção dos prédios.

Na oportunidade, um documento contendo um parecer técnico sobre os impactos no trânsito da região, caso as torres sejam erguidas, foi entregue pelo grupo ao presidente Carlos Muniz (PSDB).

Destravar impasses

Após toda discussão na Casa, o vereador Arnando Lessa (PT) propôs a criação de uma frente parlamentar para tentar "desatar alguns nós relacionados a obras em localidades da capital baiana".

A Frente Parlamentar do Meio Ambiente, segundo Lessa, vai se debruçar sobre temas polêmicos como as três torres residenciais que podem ser construídas na praia do Buracão, além de empreendimento com oito prédios, cuja construção está sendo na beira da praia de Stella Maris. Lessa citou também obra na Praça Castro Alves.

“A frente vai ajudar a debater a intervenção urbana em Salvador e tentar destravar gargalo, estabelecer pontes sem necessariamente ser contra ou a favor", disse o vereador na sessão da última segunda-feira, 18.