OPERAÇÃO VENIRE
Ex-prefeito é alvo da PF por fraude em cartão de vacina de Bolsonaro
Washington Reis, ex-gestor de Duque de Caxias, é suspeito de envolvimento em associação criminosa responsável por crime de inserção de dados falsos
Por Da Redação
O secretário estadual de Transportes e Mobilidade e ex-prefeito de Duque de Caxias, Washington Reis (MDB), foi alvo da Polícia Federal (PF), nesta quinta-feira, 4, na 2ª fase da Operação Venire no Rio de Janeiro por supostas fraudes em cartões de vacina, em esquema que ocorria a partir da gestão do município em 2022 e que teve o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) como um dos beneficiários.
Ao todo, são cumpridos dois mandados de busca e apreensão, emitidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), nas cidades do Rio de Janeiro e em Duque de Caxias. Segundo informações da CNN, além de Washington, a secretária de Saúde de Duque de Caxias, Célia Serrano, também é alvo da PF.
A ação faz parte da nova fase de investigação pedida pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e apura a existência de associação criminosa responsável por crime de inserção de dados falsos de vacinação contra a Covid-19 no Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI) e da Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS), ambos do Ministério da Saúde.
Os sistemas indicam que duas doses de vacinas contra a Covid foram aplicadas em Bolsonaro, que sempre negou ter sido vacinado, no Centro Municipal de Saúde de Duque de Caxias, nos dias 13 de agosto e 14 de outubro de 2022.
Essa suposta falsificação teria o objetivo de garantir a entrada de Bolsonaro, familiares e auxiliares próximos nos Estados Unidos, burlando a regra de vacinação obrigatória.
Indiciamento de Bolsonaro
Ainda na manhã desta quinta, o ex-presidente Bolsonaro foi indiciado pela PF em dois inquéritos. Um apura a venda ilegal de joias no exterior e o outro investiga a falsificação de cartões.
Outros aliados do ex-mandatário e auxiliares do ex-presidente também estão na lista de indiciamentos da Polícia Federal. Entre eles, os advogados Fabio Wajngarten e Frederico Wasseff.
O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, também será indiciado, uma peça-chave nos inquéritos, após acordo de delação premiada com a PF.
O pedido de indiciamento do ex-mandatário foi concluído e deve ser remetido à Procuradoria-Geral da República (PGR) nos próximos dias.
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