BA-VI
Fim da torcida única pode acontecer no 1º semestre, indica Werner
Líder da SSP ressaltou que o trabalho para liberar é em conjunto com os clubes e as federações
Por Flávia Requião e Leo Moreira
As discussões sobre a volta das torcidas visitantes em clássicos como o da dupla BA-VI continuam e em conversa exclusiva com o Portal A TARDE, o secretário de Segurança Pública (SSP), Marcelo Werner, antecipou que existe a possibilidade de acontecer ainda no primeiro semestre.
“Pode ser que aconteça, mas depende muito do diálogo entre os atores, as recomendações em relação à segurança, […] dos clubes e as federações, sobre a quantidade de ingressos, até isso tem que haver uma flexibilização dos clubes”, disse.
Na conversa, Werner ressaltou a importância da segurança, mas deixou claro que o trabalho para liberar os públicos dos dois times é em conjunto com os clubes e as federações.
“Não é um ponto que só a segurança vai ser responsável, tem que haver uma união em relação a esse processo, mas estamos engajados e vejo que os atores estão dialogando para que a gente possa sim, em um futuro breve, viabilizar o retorno da torcida”, explicou.
O líder da SSP também detalhou que a pasta tem acompanhado as discussões e que já foram revisadas algumas ações prévias, mas frisou que é necessário articular bem a segurança para garantir proteção aos torcedores.
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“A gente tem acompanhado isso. Nesse BA-VI [do último domingo, 18,] foram revisadas algumas ações prévias e até em outros jogos foram realizadas ações pelas polícias para inibir ações de violência. A gente não pode permitir isso, até isso faz parte do diálogo que estamos fazendo. O fato é que a segurança estará em condições para poder garantir a ida e vinda de todos, se assim for determinado, mas antes de tudo tem que haver um consenso, os próprios clubes e federações tem que estar de acordo com isso, por que é como se fosse uma retomada da confiança das pessoas”, acrescentou.
O primeiro Ba-Vi de 2024 ocorreu no último domingo, 18, com mais de 30 mil torcedores rubro-negros no Barradão, sem a presença dos tricolores no setor de visitantes do estádio. Isso ocorre porque os clubes cumprem uma recomendação do Ministério Público da Bahia (MP-BA) que sinalizou, a partir de 2018, pela realização dos clássicos entre Bahia e Vitória apenas com a torcida do time mandante.
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No entanto, havia uma expectativa nos bastidores do governo do estado, de que o primeiro clássico do ano tivesse novamente as duas torcidas. Desde que o governador Jerônimo Rodrigues (PT), torcedor declarado do Vitória, passou a se engajar publicamente, a partir de dezembro de 2023, para que a medida fosse revista, muitos viam a chamada “torcida única” com seus dias contados.
Jerônimo se reuniu com representantes do Ministério Público, que estabeleceu alguns critérios que deveriam ser cumpridos pela SSP, pelo o Bahia e Vitória, com os pedidos realizados, o MP-BA informou que retiraria a sugestão de clássicos com apenas torcedores do mandante.
O governador convocou o titular da SSP e determinou que todos os critérios estabelecidos pelo MP-BA fossem cumpridos. Desde então, a Polícia Militar da Bahia (PM-BA) passou a se manifestar claramente pela possibilidade da realização do clássico com duas torcidas, afirmando que a corporação seria capaz de garantir a segurança do evento.
No entanto, os clubes não têm se movimentado para cumprir com os requisitos que possuíam relação com eles. Conforme fontes do portal A TARDE próximas ao Palácio de Ondina, essa inércia de Bahia e Vitória teria provocado insatisfação em Jerônimo Rodrigues, que, antes convencido a comparecer ao Barradão, decidiu viajar ao interior do estado no último domingo.
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