APROVADO NA ALBA
"Fiz as contas e não poderia pagar 10%", diz Jerônimo sobre reajuste
Servidores públicos reivindicavam a mudança do percentual de 4% para 10%
Por Cassio Moreira, Fernando Valverde e Gabriela Araújo
O governador Jerônimo Rodrigues (PT) explicou os motivos de não ter acatado as reivindicações dos servidores públicos sobre o aumento do percentual concedido pelo Executivo para o reajuste salarial. Segundo o petista, a possibilidade de oferecer 10% a todos os funcionários não condiz com os recursos dispostos no erário estadual.
“Não teve 10%. Não existe contraproposta. Eu fiz as contas e se eu fosse 10%, não poderia pagar. É simples. Se botasse 5%, [eu] não tinha condições de pagar. Então, chegamos a 4%”, iniciou o gestor estadual, após o lançamento do São João da Bahia, no Parque de Exposições, em Salvador.
O projeto de lei que dispõe sobre o aumento dos vencimentos mensais dos funcionários estaduais foi aprovado na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) na tarde desta terça-feira, 28, após um mês tramitando na Casa. A matéria contou com o aval dos deputados governistas e os votos contrários da bancada de oposição e do deputado Hilton Coelho (PSOL), que assume posição de independência.
Para os próximos anos, Jerônimo considera as chances de sentar à mesa com todos os sindicatos para tratar sobre o percentual que poderá ser disponibilizado pelo Executivo. A ideia do chefe do Palácio de Ondina surgiu em meio às diversas mobilizações dos servidores até o fechamento de questão dos deputados.
“Eu queria até fazer um gesto com as categorias para pensar em que valor poderíamos pensar para 2025 e 2026, mas eu não tenho garantia de receita. Então, o que foi aprovado é o valor que eu posso pagar. Estou arcando com 4% porque é o que eu posso garantir. Trabalhar para que em 2025, a gente possa melhorar”, frisou.
Já sobre a aprovação do uso da operação de crédito junto ao Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD), no valor de R$ 2 bilhões,provindos da gestão Rui Costa (PT), o governador baiano apresentou a situação dos municípios e igualou a do Estado.
“Os municípios constantemente batem na porta da gente para tomar empréstimo com a Desenbahia [para] pavimentação e calçamento é normal. Os municípios não têm condições de fechar com esse orçamento, como é o caso do Estado. O Estado, às vezes, não tem condições de financiar tudo: o sistema de água e pavimentação asfáltica. Então, o dinheiro que é pouco, a gente faz atividades menores e de grande volume, nós temos que buscar emprestado”, elucidou o estadista.
Por fim, ele agradeceu aos seus pares no Legislativo por mais uma aprovação. “Eu agradeço a Assembleia por ter reconhecido isso. A gente quando manda o pedido de empréstimo, a gente manda para onde vai ser aplicado isso, não é um pedido no escuro. Os deputados vão acompanhar a execução disso”, concluiu.
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