Jerônimo anuncia intercâmbio com Benin: "Vamos estreitar os laços"

O governador Jerônimo Rodrigues (PT) anunciou nesta sexta-feira, 24, que a Bahia entrará na rota de intercâmbio com o Benin, que deve auxiliar no impulsionamento do trade de turismo do estado. A novidade foi revelada à imprensa durante a visita do presidente do país africano, Patrice Talon, à Bahia, onde se reuniu com o petista no Centro de Operações e Inteligência da Segurança Pública (COI), no CAB, em Salvador.

“Nós acertamos a possibilidade de intercâmbio entre o Brasil e Benin. [...]. Então, nós precisamos estreitar esses laços, abrir essas portas. O Lula já se comprometeu com o presidente Patrice que irá criar um ambiente de intercâmbio, de parcerias e irmandade. Nós, da mesma forma, seguiremos isso", iniciou.

"Saímos da reunião com data marcada para vinda de uma comitiva para encaminhar Segurança Pública, Direitos Humanos, Agricultura, Educação e Saúde, da mesma forma que nós queremos conhecer os museus e as escolas. Tudo isso dentro de uma relação muito fraterna”, destacou Jerônimo.

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O petista afirmou que a demanda surgiu de um apelo do chefe do Executivo do Benin, que deseja que os africanos possam visitar o estado e desenvolver relações dentro da Bahia. O governador baiano ainda atribuiu a visita de Patrice Talon ao Brasil, a retomada do governo Lula (PT).

“Eu tive a oportunidade de ouvir do presidente Patrice, um apelo muito forte sobre o momento que nós vivemos e o momento histórico que a África se relacionou com o Brasil e com o Benin. [...]. A volta do presidente Lula nos proporcionar a oportunidade de estabelecermos esse novo marco na relação entre o Brasil e África, a Bahia e África, o Brasil e o Benin. Todos nós sabemos que o Benin foi a rota de saída dos escravos para o mundo, mas em especial para a Bahia”, afirmou o petista.

Na ocasião, ele ainda citou o período em que os africanos desembarcaram no estado para serem escravizados durante o período do Brasil Colônia e destacou que o estado precisa conhecer o país liderado por Talon.

“A África ofereceu mão de obra para construir o mundo, inclusive o Brasil. Hoje, nós temos a oportunidade de passar a página do livro, mas sem perder essa marca. [...]. Da mesma forma, o retorno de africanos do regime da escravidão já em condição de liberdade é a porta entrada e ele registrou isso e eu guardarei no meu coração. O Brasil e a Bahia não conhecem o Benin, da mesma forma que o Benin não conhece o Brasil e a Bahia”, concluiu.