CONCESSÃO PERTO DO FIM
Jerônimo critica Neoenergia e fala de chance de não renovação em 2026
Governador reforçou críticas à empresa de distribuição de energia na Bahia
Por Lula Bonfim e Eduardo Dias
Crítico ferrenho ao serviço prestado pelo grupo Neoenergia, que administra o fornecimento de energia na Bahia, o governador Jerônimo Rodrigues (PT) voltou a comentar sobre a possibilidade de não renovação do contrato de concessão da empresa com a Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (Coelba). As falas ocorreram durante autorização de início das obras da terceira etapa do Novo Teatro Castro Alves (TCA), nesta sexta-feira, 1º.
“Sobre a Coelba, da fornecedora de energia, tem um movimento nacional, não é só na Bahia. 2026 vence o contrato da concessão de energia para diversos estados, São Paulo, Bahia, aqui no Nordeste tem outros e eu tenho me queixado porque no meu lugar de governador tenho que proteger os direitos e os serviços públicos que são oferecidos à população baiana. Da mesma forma que eu faço com a Coelba, internamente eu chamo a Embasa e faço, não há problema para mim, meu lugar é esse”, disse.
Recentemente chegado da Espanha, país sede do Grupo Neoenergia, onde fez visitas às instalações da empresa, Jerônimo falou sobre um convite para executivos do país visitarem a Bahia.
“[...] Agora fui à Espanha, convidei empresas para virem ao Brasil, em especial para a Bahia e a empresa vem e quer instalar-se no Oeste, no Extremo-sul e não tem capacidade energética. Como é que eu fico? Quando eu vou lá, eu vou calçado de que eu posso dizer que vai ter serviço de infraestrutura, de estrada, de aeroporto, o que cabe a mim eu tô fazendo. Eu tive reuniões, tanto aqui quanto na Espanha, agora com setor hoteleiro, vocês me acompanharam, alguns de vocês, na linha verde, na semana passada, quando uma rede de hotel vai fazer um retrofit de investimento e demandou que a gente precisa de uma estrada, precisa de saneamento, precisa de um aeródromo, um aeroporto, e eu me responsabilizei por isso, pela quantidade de empregos que é gerado ali, só em um hotel, dois mil empregos diretos, oferecendo ali a pessoas que moram na linha verde, até mesmo em Salvador, de oportunidade de emprego, então o custo benefício disso, de fazer um aeródromo, um aeroporto, de puxar uma estrada ligando a BR até os investimentos ali da linha verde, então eu arco, o que eu não posso é responder com uma empresa”, disse o governador, destacando que teve conversas com o presidente Lula sobre o assunto.
“Já conversei com Lula, e uma das primeiras conversas com Lula, que eu tive enquanto governador, foi sobre o fornecimento de energia. Primeiro foram linhas de transmissão, que o governo passado não tinha mais leiloado as linhas de transmissão, porque a gente está produzindo energia eólica, energia solar, e onde está sendo jogada essa energia produzida se não tem linha de transmissão? Os leilões, do governo federal, estão acontecendo, estão bem cobertos, graças a Deus. Mas no que diz respeito à distribuição da energia hoje oferecido pelo grupo Neoenergia, fiz críticas, sei que o prazo deles é 2026, estou bastante atento conversando com o ministro Rui Costa, com o ministro das Minas e Energia, porque não dá para a gente renovar um serviço que não tá contente daquilo que a gente espera”, pontuou.
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