CARNAVAL DE SALVADOR
Número de licenças para ambulantes será o mesmo de 2020, diz prefeito
Há três anos, foram disponibilizadas duas mil vagas no cadastramento de ambulantes para a folia soteropolitana
O prefeito Bruno Reis (União Brasil), durante evento no qual participou da abertura do trabalho do ano do Legislativo na Câmara de Salvador, voltou a comentar a respeito do cadastramento de ambulantes para as festas populares. Ele destaca que o mesmo número de licenças disponibilizadas este ano será o mesmo de 2020, quando foram cadastrados dois mil ambulantes para trabalhar na folia.
“Nós não temos como ampliar. Por que prefeito? Porque não tem espaço. Infelizmente a gente vai ter que conduzir esse assunto com muito cuidado tendo, naturalmente, a sensibilidade no momento que existe. Mas é um problema de falta de espaço. Você não vê uma solução para ampliar”.
O prefeito afirma ainda que as pessoas que tiverem dificuldade para o cadastramento online, a prefeitura dará um suporte nesse sentido. “Então temos que compatibilizar a necessidade de realizar a segurança do Carnaval, a questão da necessidade do folião ter condições de chegar ao circuito, e de ter os números de licenças que vêm sendo praticado”.
De acordo com o chefe do Executivo baiano, o enfrentamento da situação vivenciada pelos ambulantes em frente à Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop) para conseguir trabalhar na Festa de Iemanjá e como pretende mudar esse cenário para o carnaval.
Segundo Reis, esse é um problema histórico de Salvador e que foi acentuado pela crise social ocasionada pela situação econômica do país.
“Eu queria que você buscasse as matérias de dez anos atrás e você vai ver que não está ocorrendo nada diferente do que sempre ocorreu. Este ano, há uma grave crise social. Vocês viram os números que eu mostrei. Nós temos 367 mil famílias em Salvador em condições de extrema pobreza e recebendo o Auxílio-Brasil. Isso corresponde, se você multiplicar por três, corresponde a 921 mil pessoas. Um terço da nossa população que está sem trabalhar. É natural que as pessoas queiram no período das festas populares do período do Carnaval trabalhar, a gente tem essa sensibilidade, mas há infelizmente uma limitação de espaço”, explica.
Ele lembra que a Festa de Iemanjá, no Rio Vermelho, ocorre há 100 anos no mesmo local e o espaço não ampliou. Então, a população aumentou, por outro lado, as pessoas que necessitam trabalhar também aumentou e o Carnaval é da mesma forma”.
“Só que aí [no Carnaval] envolve questões de segurança. Vocês viram ontem o Ministério Público recomendar que o cadastramento seja feito online. Como sempre foi feito. Eu não estou fazendo nada do vinha sendo feito nos últimos dez anos”.
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