BAHIA
Patrocínio Indigno: PF e Receita detalham operação deflagrada nesta terça
Ação é um desdobramento da ‘El Patrón’ e cumpriu três mandados de prisão um mandado de prisão domiciliar e cinco mandados de busca e apreensão
Por Flávia Requião
Após a Polícia Federal deflagrar na manhã desta terça-feira, 26, a ‘Operação Patrocínio Indigno’, que resultou em três mandados de prisão preventiva, um mandado de prisão domiciliar e cinco mandados de busca e apreensão nas cidades de Feira de Santana e Serrinha, o delegado da PF, Geraldo Sérgio Silva de Almeida e o superintendente adjunto da Receita Federal do Brasil na 5ª Região Fiscal, Ricardo Machado, detalharam os rumos da ação.
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Segundo as investigações, que se sucederam após a deflagração da ‘El Patrón', foram colhidas provas de que um preso, seu advogado e sua esposa teriam destruído provas digitais de crimes cometidos pela organização criminosa. Os mandados de prisão e de busca e apreensão foram expedidos pela 1ª Vara Criminal de Feira de Santana.
Em coletiva de imprensa, realizada ainda nesta terça, Geraldo Sérgio falou sobre o caso e explicou que não há como mensurar o impacto negativo do prejuízo causado às investigações com as provas destruídas pelo esquema.
“É de fato um enorme prejuízo para as investigações tendo em vista que esse foi um dos casos descobertos, não sabemos se esses investigados já adotaram e outras providências para esconder e destruir outras provas. [...] Então a gravidade é de fato é imensurável no momento, mas podemos afirmar que houve sim uma um prejuízo para as investigações, tendo em vista que são provas que poderiam indicar novos investigados e novos fatos criminosos até então desconhecidos das investigações”, afirmou.
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Na conversa, o delegado confirmou se tratar de uma atuação de milícias e que há integrantes do próprio estado participando das atividades criminosas, sendo agentes públicos, servidores do sistema de segurança pública e agentes políticos envolvidos.
“A atividade de milícia está um um nível de complexidade muito maior do que simplesmente facções ou o crime organizado. São atividades que muitas vezes são travestidas legais, mas por trás há todo um sistema ilícito envolvido”, disse.
Sobre os mandados cumpridos, o agente da PF especificou que o policial militar envolvido, que já estava preso, recebeu um novo mandato de prisão “tendo em vista que as investigações apontaram a participação dele”.
Já o advogado, foi preso na sua casa em Feira, também com o cumprimento de busca e apreensão no seu escritório, acompanhado de representante da OAB. Além do mandado em busca na residência de um outro investigado, que até o momento não foi encontrado.
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Geraldo também antecipou possíveis penas aos condenados, baseado nos crimes. “Nesta investigação da operação Patrocínio Digno, os investigados estão em cursos [...] com investigação de organização criminosa cuja pena máxima é de oito anos e um crime gravíssimo tem de vista aí que foi praticado com o intuito de beneficiar uma organização criminosa do tipo milícia integrada os diversos agentes público, isso demonstra tentáculos com órgãos estatais e por isso a essa a investigação operação está sendo deflagrada de maneira coordenada e integrada por diversos órgãos”, declarou.
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