CANDIDATO A PREFEITO?
PSOL ainda avalia sua posição no governo Jerônimo, diz Kleber Rosa
Ao Isso É Bahia, da A TARDE FM, o candidato a governador falou sobre debates no seu partido
Por Lucas Franco
Fundado por dissidentes do Partido dos Trabalhadores (PT) que estavam insatisfeitos com os rumos da campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em sua primeira vitória eleitoral como presidente, em 2002, o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) em todo o Brasil avalia como será suas participações tanto no novo Governo Federal quanto nos governos estaduais petistas.
Na Bahia não será diferente, segundo o candidato a governador na última eleição, Kleber Rosa (PSOL), que foi entrevistado na manhã desta segunda-feira, 19, no programa Isso É Bahia, da Rádio A TARDE FM (103.9). “A nossa posição foi de apoiar Jerônimo [no segundo turno] e depois optamos por integrar a equipe de transição, com o objetivo de colocar o nosso programa na mesa e ver o quanto o novo governo poderia acolher o nosso programa”, conta Rosa.
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Porém, alguns psolistas, inclusive Kleber Rosa, se queixaram de a transição não ter se instalado como se imaginava. “A gente esperava que esse debate se desse ao longo da transição. Vamos avaliar o que faremos com o governo Jerônimo”, justifica o terceiro colocado na disputa ao Governo do Estado.
Entre as pautas que o PSOL Bahia esperava que fossem acolhidas pelo governo eleito de Jerônimo, estavam a defesa do serviço público, revogação da privatização da Embasa, mudança na política de Segurança Pública e mudanças na legislação ambiental estadual. Para Rosa, o governa atual, que também é do PT, nega que a Embasa esteja em processo de privatização.
Perguntado se iria concorrer ao cargo de prefeito de Salvador em 2024, Rosa se disse aberto a ser o candidato do partido, mas afirma que a decisão para assumir a cabeça de chapa é coletiva. “Fui candidato a governador porque o partido entendeu que era melhor. Se entender que devo ser candidato a prefeito, serei. Mas temos uma diversidade de quadros e as peças vão começar a se mover”, alegou.
Rosa falou também na entrevista sobre a posição do PSOL a nível nacional, que é a de não se opor ao governo eleito de Lula, mas não aceitar cargos. “O partido não vai ocupar [cargos]. O filiado que vai ocupar não representa o partido. Se for filiado pode, dirigente não”, comenta. “Vamos fazer a nossa parte e colaborar com o governo [Lula], mas sem se comprometer com essa frente de interesses que se opõem aos nossos”, disse Rosa, citando o vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), como alguém cujos interesses são antagônicos ao do PSOL e ao do povo brasileiro, ainda que a derrota de Jair Bolsonaro (PL) tenha significado mais do que as diferenças entre os que apoiaram o petista. "A vitória de Lula foi a vitória de todos os setores que defendem a democracia”, conclui.
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