ISSO É BAHIA
PSOL reafirma “projeto para a cidade de Salvador”, diz Kleber Rosa
Professor e ativista do movimento negro, Kleber Rosa deve ser o nome do partido para disputa municipal
Por Eduardo Dias
O professor e ativista do movimento negro, Kléber Rosa (PSOL), deu detalhes sobre o rompimento político do partido com a base do governador Jerônimo Rodrigues (PT) e falou sobre os planos da sigla para a disputa eleitoral em 2024. Rosa participou do programa Isso é Bahia desta terça-feira, 19, na A TARDE FM.
No último domingo,17, em convenção estadual, o PSOL anunciou a saída da base do conselho político de partidos que dão sustentação ao governador Jerônimo Rodrigues (PT).
“É uma coisa que a gente precisa entender melhor. Na verdade, o PSOL nunca esteve na base do governo Jerônimo, nosso movimento, desde o processo eleitoral sempre foi apoiar o governador no segundo turno e depois compor o grupo de transição. Depois disso, o PSOL se orientou com uma decisão nacional que era de não fazer parte de governos dirigidos pelo PT que fossem compostos por ampla coalizão partidária de partidos que participaram do golpe, era uma maneira da gente caracterizar qual era o nosso limite para estar no governo. O PSOL nunca esteve na base do governador Jerônimo”, disse, destacando que ainda não decidiu se será o nome do partido em 2024.
“Não houve decisão sobre o nome que vai disputar a eleição ainda. Essa decisão vai se dar posteriormente pelo diretório municipal. O congresso estadual ratificou, reafirmou que nós vamos ter candidatura própria, que era algo que se ventilava a possibilidade de o PSOL não ter candidatura própria e embarcar no entorno da candidatura de setores do campo progressista. O PSOL reafirma sua posição de ter cara própria e de apresentar o seu projeto para a cidade de Salvador. Mas o debate sobre quem será o candidato ou a candidata, se dará a partir de agora”, pontuou.
Kléber Rosa comentou ainda sobre a não escolha pelo nome do deputado estadual Hilton Coelho, único do partido com mandato na Assembleia Legislativa da Bahia (AÇBA).
“Isso reflete um pouco o momento do nosso partido, outras figuras surgiram com expressividade do processo eleitoral. O meu nome é um dos que surge com expressividade interna e externa. Tem a Tâmara Azevedo que foi candidata ao Senado. O surgimento é um processo de amadurecimento do PSOL, que vai despontando outras figuras, outras lideranças. E é natural que o partido termine despontando essa diversidade nos espaços eleitorais. Hilton não descarta essa possibilidade, não retira o nome dele da disposição do partido, se o partido entender ele pode ser um bom nome para representar o partido no momento, disse.
O professor também revelou qual o prazo do partido para apresentar o nome que está à disposição para disputar a eleição em Salvador.
“Vamos nos debruçar sobre isso agora. Terminou o congresso estadual e como consequência vamos também fazer a mudança na direção municipal. Devemos fazer isso nos próximos dias. Acredito que no início de outubro a gente deve fazer a recomposição da direção municipal e a primeira tarefa é justamente debater a sucessão municipal. Acredito que de outubro até novembro devemos ter a gente deve ter batido o martelo sobre a posição de quem vai encarar essa disputa”, afirmou.
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