DECIDIDO EM REUNIÃO
PSOL vai participar da equipe de transição do governo Jerônimo
Decisão não significa que sigla se aliará ao governo: "Queremos influenciar conteúdo do programa", diz Hilton
Por Lucas Franco
Em uma reunião encerrada na tarde deste domingo, 13, o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) decidiu que fará parte da equipe de transição do governo de Jerônimo Rodrigues (PT). Com exclusividade ao Portal A TARDE, a legenda afirmou que a decisão foi aprovada por 73% da Executiva. "A participação do PSOL na transição terá o objetivo de inserir no programa do governo eleito questões colocadas pelo partido no documento entregue ao governador Jerônimo Rodrigues", informou o PSOL na nota.
Importantes quadros psolistas se pronunciaram sobre a decisão e reforçaram que a ideia de fazer parte da equipe de transição é defender o programa do partido, sem necessariamente fazer parte do novo governo. "Queremos influenciar o conteúdo do programa de governo", disse o deputado estadual Hilton Coelho. "Não abrimos mão de democratizar a educação, melhorar o salário do policial civil, reverter a privatização da Embasa, além de promover debates sobre proteção ambiental e segurança pública. Que esses temas sejam considerados pela comissão de transição a partir do olhar dos movimentos sociais", conclui o parlamentar.
A presidente estadual do PSOL Bahia, Elze Fachinnet, por sua vez, lembrou que o resultado da última eleição a governador marcou a derrota de um grupo político do qual a legenda sempre se opôs. "É importante o PSOL participar da equipe de transição para que juntos a gente consiga superar o carlismo e para avançarmos nas políticas públicas de inclusão social ", disse Elze.
Interesse do PT pela participação do PSOL
O PSOL é visto como potencial aliado da nova gestão na Bahia, disse o candidato a governador pela legenda, Kleber Rosa, na última sexta-feira, 11. “Há demonstrações públicas de interesse. Não diretamente de Jerônimo [Rodrigues], mas de pessoas próximas a ele”, afirmou, na ocasião.
No mesmo dia, Hilton mostrou mais resistência a uma eventual composição no novo governo estadual. “A campanha de Jerônimo não mostrou autocrítica", afirmou o deputado estadual, sobre os pontos em que reivindicou como fundamentais.
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