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Relação entre China e EUA pode ser impasse para BYD na Bahia; entenda
Entre as empresas está quase tudo acertado para a venda do terreno em Camaçari
A viagem do governador Jerônimo Rodrigues (PT) à China, com o intuito de atrair investimentos para a Bahia, ainda tem gerado desdobramentos em relação a futura instalação da fábrica de carros elétricos BYD, onde funcionava a antiga Ford, em Camaçari.
Apesar da ida do governador em uma visita às instalações da empresa chinesa, no início do mês, um outro fator ainda é considerado um impasse para o entendimento com a montadora americana Ford.
A relação política internacional entre China e Estado Unidos e a recente reaproximação do governo brasileiro com os chineses podem retardar as tratativas entre as empresas, segundo revelado pelo próprio governador Jerônimo Rodrigues em entrevista à Rádio Metrópole nesta quarta-feira, 26.
"A BYD para se instalar na Bahia com a montadora de automóveis elétricos. Tanto a relação com a Ford é delicada porque nós não podemos interferir na relação entre Ford e BYD. Tentamos ao máximo intermediar, dialogar. Não se trata da definição de valor da BYD comprar o terreno da Ford em Camaçari, quanto o acesso ao porto, isso está resolvido entre eles. Mas tem uma questão de relacionamento, como a política internacional, mas eles estão tratando disso, e nós estamos intermediando uma relação, e o Lula deu uma sugestão e estamos aguardando como se desdobra isso para acolher e atacar”, afirmou Jerônimo.
O governador voltou a falar de pedidos de contrapartidas feitos pela BYD, a exemplo de medidas para estímulo para a compra dos veículos elétricos, principalmente para uso na frota do governo, redução de impostos como IPVA e ICMS.
“A demanda da BYD para o governo baiano e brasileiro, nós respondemos. Eles pediram que o Governo do Estado estimule a compra de carros, como para a própria frota, a exemplo de ônibus escolares, ambulâncias e carros para as secretarias. Vamos baixar o IPVA para que os consumidores sejam estimulados a comprar os carros. O ICMS já tem uma lei até 2032 que é favorável para eles. A nível de estado, o que eles querem mais? A gente assinou um termo. Eles também querem incentivos nacionais, pois a fábrica vai ser também para o Brasil e América Latina”, pontuou.
