Titular da Sepromi lamenta casos de racismo no BBB: ‘Não dá mais’

Em meio às polêmicas e tensões acerca dos casos de racismo e intolerância religiosa no BBB 23, a secretária de Igualdade Racial, dos Povos e Comunidades Tradicionais (Sepromi), Ângela Guimarães, pontuou que o reality show é um  "experimento social e de espetacularização da vida que reflete as tensões apresentadas pela sociedade brasileira e são mal resolvidas". A titular da pasta participou da entrega da requalificação do Centro Olímpico de Natação, em Salvador, nesta quinta-feira, 23.

Em entrevista ao Portal A TARDE, a titular da Sepromi, ainda destacou que, por estar presente na estrutura, o racismo é "parte indissociável da formação histórica, social, econômica e cultural, além de afetar a subjetividade dos indivíduos".

A partir disso, a secretária destaca a necessidade de discutir o tema e da adoção de uma postura antirracista em todos os setores da sociedade.

"Esse tensionamento não é novo, é antigo porque o racismo sempre foi. É um tema varrido para debaixo do tapete na nossa sociedade e, agora, não dá mais. Ele expõe as vísceras da nossa sociedade. As tensões vão ser cada vez mais elevadas e as pessoas que têm uma postura racista vão ser desmascaradas e confrontadas porque a população negra não vai ficar mais calada. Agora, é hora de colocar as questões, as cartas na mesa e resolver esse drama profundo do racismo que fratura nossa sociedade", afirmou.

Requalificação

Sobre a inauguração do Centro Olímpico de Natação, a secretária ressaltou a importância do investimento no esporte na Bahia e no Brasil. O evento contou com a presença da ministra do Esporte, Ana Moser.

"É uma alegria para os beneficiários, gestores e gestoras do Esporte e membros do governo estadual rebecer a ministra de esporte nesse renascimento das políticas públicas do esporte e lazer do nosso país, que é muito vinculado a esse momento de reconstrução da democracia", disse.

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