OCUPAÇÕES DE TERRAS
Valmir Assunção explica motivos de ocupações do MST na Bahia
O deputado federal baiano fará parte da CPI do MST na Câmara dos Deputados
Por Da Redação
O deputado federal Valmir Assunção (PT) explicou nesta segunda-feira, 22, durante entrevista no programa Isso é Bahia, sobre a atuação do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) no estado e como serão os próximos passos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do MST, da qual ele fará parte, na Câmara dos Deputados.
A CPI foi instalada na última quarta-feira e deve ser utilizada para apurar possíveis financiamentos políticos no movimento, além de crimes ambientais cometidos por ruralistas e fazendeiros do agronegócio.
Questionado sobre como reverter a imagem do MST, Valmir usou o exemplo de que esta é a quinta CPI relacionada ao movimento na Câmara e que não levou à condenação ou prisão de nenhum membro.
“Essa é a quinta CPI que o movimento sem terra está enfrentando na Câmara dos Deputados. Em todas que foram criadas, nunca encontraram algo contra o MST. Tanto é que nas CPsi nenhum dirigente ou militante do MST foi condenado, preso, diante da CPI, processado, nada. O que o movimento Sem Terra faz? É importante explicar que o MST faz ocupação de terra para cumprir a constituição, que em seu artigo 184 e 186 diz que todas as terras improdutivas devem ser destinadas para a reforma agrária. Se você tem uma propriedade, ela é grande e improdutiva, tem que cumprir a lei”, explicou o deputado.
Valmir revelou ainda que o estava por trás das últimas ocupações do MST na Bahia. Segundo ele, o movimento tinha um acordo com a empresa Suzano, para o assentamento de famílias, que não foi cumprido.
“Não existem terras produtivas que o movimento ocupe. Se ela for produtiva, o governo não pode desapropriar, então, logo será um trabalho do MST que não terá resultado. E o MST quer ter um resultado, que é o assentamento das famílias. O que aconteceu na Bahia é que o MST tem um acordo com a Suzano, e esse acordo já tem 10 anos. Eles assumiram um compromisso de assentar no mínimo 600 famílias. A Suzano, devido ao governo Bolsonaro, não cumpriu o acordo. Com isso, o MST ocupou duas áreas de eucalipto para pressionar. Não estavam reivindicando a terra, mas sim o acordo. Após a reunião com o ministro da reforma agrária, o MST saiu da área”, disse.
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