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Vereador repudia fala de Alckmin sobre homeschooling

Vice-presidente da República considerou a proposta, aprovada no governo Bolsonaro, como "racista"

Publicado segunda-feira, 11 de março de 2024 às 20:33 h | Atualizado em 11/03/2024, 20:48 | Autor: Da Redação
Alexandre Aleluia (PL) aponta desconhecimento do vice-presidente sobre o assunto
Alexandre Aleluia (PL) aponta desconhecimento do vice-presidente sobre o assunto -

O vereador Alexandre Aleluia (PL), apresentou na Câmara Municipal de Salvador (CMS), uma moção de repúdio contra as falas do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) sobre a homeschooling, prática de ensino domiciliar defendida pelo governo Bolsonaro. 

“A Câmara Municipal de Salvador repudia veementemente as declarações infelizes e desinformadas do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, sobre o ensino domiciliar, também conhecido como homeschooling”, diz um trecho do documento. 

O número 2 do presidente Lula (PT) classificou a técnica como uma proposta “racista” criada nos Estados Unidos por pais brancos que queriam isolar seus filhos da comunidade negra.

“O MEC tinha acabado. O que tinha lá era homeschooling. Isso é uma proposta racista que foi inventada nos Estados Unidos porque [diziam] ‘olha, se tem negro na escola, meu filho não vai à escola, vai estudar em casa’. Como é que pode isso?”, indagou, no último dia 29 de fevereiro, em entrevista ao GloboNews. 

Para Aleluia, a declaração do vice-presidente demonstra “desconhecimento histórico” sobre o assunto e gera um “clima de intolerância e discriminação contra os praticantes da modalidade educacional”. 

“Ao categorizar o homeschooling como uma prática racista, o vice-presidente não apenas ofende os que optam por essa forma de educação, mas também desrespeita o direito fundamental à liberdade de escolha e à pluralidade educacional”, completa. 

O método foi aprovado na Câmara dos Deputados, em 2022, com 264 votos favoráveis, e foi considerado como vitória do governo Bolsonaro, à época. A medida autoriza a educação domiciliar durante a educação básica, desde que os pais ou responsáveis sigam algumas regras, entre elas: comprovem escolaridade de nível superior ou tecnológico e apresentem certidões criminais da Justiça Federal e Estadual ou Distrital.

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