TURISMO
“Voo histórico”, diz Maurício Bacelar sobre trecho Salvador-Paris
Secretário de Turismo comentou novo voo direto de Salvador para a Europa
Por Lula Bonfim
O secretário estadual de Turismo, Maurício Bacelar, comemorou nesta terça-feira, 21, a chegada de um novo voo direto entre a Bahia e o continente europeu. De acordo com ele, em entrevista exclusiva ao Portal A TARDE, o trecho Salvador-Paris é histórico e abre novas oportunidades turísticas para todo o estado.
Na última quarta-feira, 15, a companhia aérea AirFrance começou a comercializar o novo trecho, com três voos diretos por semana, a um custo de R$ 2 mil, a partir de 28 de outubro de 2024. Essa nova porta para a Europa foi aberta após uma longa negociação entre a empresa francesa e a Secretaria Estadual de Turismo (Setur), iniciada ainda em 2022.
“O governo do estado tem um trabalho constante de captação de voos, sejam voos regionais, nacionais e internacionais. A conectividade aérea tem importância fundamental no estabelecimento da atividade turística e nós temos trabalhado para repor a conectividade internacional do estado também”, declarou Bacelar ao Portal A TARDE.
Na avaliação de Bacelar, o voo direto para Paris também abre portas para a Bahia em outros continentes, como a África e a Ásia, já que o Aeroporto Internacional Charles de Gaulle abriga o hub da AirFrance, que se conecta com mais de 180 cidades no mundo.
“Este voo para a França, além de ser um voo histórico, é um voo que qualifica o destino da Bahia, por conta da companhia aérea, a AirFrance, mas também por nos ligar ao aeroporto Charles de Gaulle, em Paris, onde a AirFrance mantém um hub, onde ela se liga a mais de 180 destinos do mundo, nos continentes africano, asiático e europeu. Esta ligação abre para a Bahia mercados importantes, emissores de turistas internacionais, que começam a ter mais facilidade para chegar ao nosso estado”, avaliou o secretário.
Apesar disso, Bacelar não se mostrou otimista quanto a uma possível redução de preços das passagens aéreas internacionais. Mesmo com o aumento da oferta de voos, o setor de aviação ainda estaria enfrentando os efeitos da pandemia de Covid-19, que impactou nos custos de operação em todo o planeta.
“Nós já vencemos a pandemia, por conta da vacinação, mas os reflexos da pandemia ainda estão em muitos setores da economia e estão ainda na aviação. A aviação sofre os efeitos por conta da dificuldade de aquisição de aeronaves e reposição de peças. É uma atividade totalmente dolarizada e, ainda como reflexo da pandemia, nós tivemos o incremento dos juros no mercado internacional, o que encarece os custos das companhias”, justificou Bacelar.
“Nós também vivemos, aqui no Brasil, em uma economia de mercado, onde procura e oferta é quem estabelece os preços. E, para nós da Bahia, felizmente os nossos voos são os que têm a maior taxa de ocupação do Brasil”, concluiu.
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