ENTREVISTA
Werner reconhece relutância de PMs com uso de câmeras em fardas
Secretário de Segurança Pública da Bahia diz que equipamento visa dar mais transparência
Por Lucas Franco

Com instalação prevista para o fim do ano, as câmeras nas fardas dos policiais militares causam relutância de PMs, reconhece o secretário de Segurança Pública do Estado da Bahia, Marcelo Werner, em entrevista ao programa Isso É Bahia, da Rádio A TARDE FM (103.9).
"A gente precisa ser cirúrgico, para não causar nenhum tipo de dano à população. Isso vem com capacitação", disse Werner, que elogiou a atuação dos policiais no Carnaval de Salvador, embora tenha alegado que o êxito no evento, que registrou queda no número de lesões corporais, também seja compartilhado com as outras pastas do governo e com a sociedade civil. "Segurança não é só com a polícia. Precisamos trabalhar de forma integrada, de forma transversal", justifica.
Fazer os policiais entenderem a importância das câmeras nas fardas, segundo Werner, é um desafio. "Parte do efetivo, até pelo desconhecimento, fica um pouco relutante. Mas isso vai melhorar a capacitação do nosso policial. Muito da doutrina policial da abordagem vem das coisas que podem ser modificadas", exemplifica o secretário. "Elas visam a transparência, para o policial e para o cidadão. Serve como prova, até para o policial. O cidadão algumas vezes está mais agressivo com o policial", completa.
Perguntado sobre a violência urbana, Werner alega que o trabalho da sua pasta requer esforço nos setores de inteligência e sistema prisional e alega que situações semelhantes às que aconteceram no Rio Grande do Norte podem ser evitadas. "A gente vem com inteligência monitorando essa situação. Para que a gente possa antecipar", afirma.
Os problemas na segurança pública, para o secretário, passam por desafios dos quais a pasta não tem controle, segundo ele. "O número de policiais não cresce proporcionalmente ao número de habitantes", afirma. "Houve um aumento [no número] de armas muito grande nos últimos anos. Muitas foram desviadas", completa.
Compartilhe essa notícia com seus amigos
Cidadão Repórter
Contribua para o portal com vídeos, áudios e textos sobre o que está acontecendo em seu bairro
Siga nossas redes