POLÍTICA
Bolsonaro sobre fraude no cartão de vacina: “Não havia prova"
Declaração vem após a PGR pedir arquivamento de investigação contra o ex-presidente
Por Redação

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) comentou, nesta quinta-feira, 27, o pedido de arquivamento feito pela Procuradoria-Geral da República (PGR) na investigação por fraude no cartão de vacinação contra a Covid-19.
“Depois de meses de manchetes, prisões arbitrárias, buscas e espetáculos, admitiram o óbvio: não havia qualquer prova contra mim”, escreveu no X.
Bolsonaro disse ainda que “o inquérito era frágil desde o início, mas serviu ao seu verdadeiro propósito: abrir caminho para dezenas de operações de pesca probatória, prender aliados de forma ilegal e abusiva, e tentar forçar ex-assessores a implicar com mentiras”.
- Hoje, a própria Procuradoria-Geral da República pediu o arquivamento do inquérito dos cartões de vacina. Depois de meses de manchetes, prisões arbitrárias, buscas e espetáculos, admitiram o óbvio: não havia qualquer prova contra mim.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) March 28, 2025
- Prenderam meu ex-ajudante de ordens e… pic.twitter.com/3BJxAX5AlI
A Polícia Federal concluiu, há um ano, que o ex-presidente cometeu os crimes de associação criminosa e inserção de dados falsos.
No entanto, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, detalha no parecer enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) que, embora o tenente-coronel Mauro Cid tenha dito em sua delação premiada que Bolsonaro ordenou a ele que inserisse dados falsos de vacinação, não há provas da sua versão.
"Somente o colaborador afirmou que o presidente lhe determinara a realização do ato", diz Gonet, que reforça que a lei "proíbe o recebimento de denúncia que se fundamente 'apenas nas declarações do colaborador'; daí a jurisprudência da Corte exigir que a informação do colaborador seja ratificada por outras provas, a fim de que a denúncia seja apresentada", diz o procurador na decisão.

“Daí a jurisprudência da Corte exigir que a informação do colaborador seja ratificada por outras provas, a fim de que a denúncia seja apresentada”, sustentou o procurador-geral. Cabe agora ao ministro Alexandre de Moraes analisar o indiciamento da PF, o parecer da PGR e decidir se arquiva ou não a investigação.
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