INVESTIGAÇÃO
Abin informa espionagem na gestão Bolsonaro a Moraes e PF há 6 meses
Servidores da Abin foram presos em operação da Polícia Federal na última semana
Por Da Redação
Há pelo menos seis meses, a Abin (Agência Brasileira de Inteligência) informa à Polícia Federal (PF) e ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, sobre o uso de software espião israelense adquirido em 2018 e utilizado no governo de Jair Bolsonaro para espionar opositores e autoridades.
Conforme a Folha, a Abin enviou em 11 de abril uma planilha contendo a lista de números de telefones monitorados pelo órgão por meio do software espião. A listan foi enviada por meio de um pendrive e continha o número do telefone, o caso a que ele estava relacionado e, em algumas situações, o nome da pessoa que utilizava o aparelho.
Na última sexta-feira, 20, a Polícia Federal realizou operação em investigação que apura a suspeita de que a agência usou o programa, durante o governo Bolsonaro, para monitorar ilegalmente celulares de jornalistas, políticos e adversários do ex-presidente. Foram cumpridos 25 mandados de busca e apreensão e dois de prisão preventiva.
Após a operação, Alexandre de Moraes determinou o afastamento de Paulo Maurício Fortunato Pinto, número 3 da Abin, e de outros quatro servidores.
Agentes da Abin contestam nos bastidores a necessidade da busca e apreensão pedida pela PF e autorizada por Alexandre de Moraes, do STF. A contestação acontece pela avaliação de que a Abin atendeu todos os pedidos da PF e ordens do Judiciário.
Na nota pública que divulgou na sexta, a agência diz que "todas as requisições da Policia Federal e do Supremo Tribunal Federal foram integralmente atendidas pela Abin", que "colaborou com as autoridades competentes desde o início das apurações".
Já a Polícia Federal alega que s buscas na sede da Abin eram necessárias para colher as informações pertinentes à apuração ainda em andamento.
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