Advogados aconselharam Bolsonaro a deixar o país antes do dia 1º

A ida de Jair Bolsonaro (PL) para os Estados Unidos esta semana foi resultado de conversas entre o presidente da República e de alguns advogados, segundo a comentarista de política da GloboNews, Natuza Nery.

Os advogados recomendaram que Bolsonaro deixasse o Brasil antes de 1º de janeiro por conta do risco de uma eventual prisão após o fim do seu mandato. Bolsonaro perderá o foro privilegiado pela primeira vez em três décadas, já que no período foi deputado federal e presidente da República.

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Foi consultado com os advogados sobre o risco de sanção em caso de não passar a faixa para o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o que foi constatado que não existe, e sobre as chances de prisão.

A avaliação é que, sem o foro privilegiado, qualquer juiz de 1ª instância poderia decretar a prisão de Bolsonaro, como aconteceu com Michel Temer (MDB) pouco depois de deixar de ser presidente da República, no primeiro semestre de 2019, quando foi sucedido pelo próprio Bolsonaro.

Uma eventual prisão poderia levar Bolsonaro a passar apenas algumas horas na delegacia, mas a possibilidade amedrontou o atual presidente. Porém, o recesso do Judiciário, que volta às suas atividades em fevereiro, seria um fator que tornaria menos urgente sua ida a outro país para escapar de uma eventual prisão.