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INTOLERÂNCIA RELIGIOSA

Baiana que dá banho de pipoca em Lula vai à Justiça contra Michelle

Primeira-dama escreveu comentário depreciativo em compartilhamento de vídeo em que Lula aparece com a baiana

Por Da Redação

17/08/2022 - 11:16 h | Atualizada em 17/08/2022 - 12:40
“Isso pode, né! Eu falar de Deus, não!”, disse Michelle Bolsonaro no compartilhamento da postagem
“Isso pode, né! Eu falar de Deus, não!”, disse Michelle Bolsonaro no compartilhamento da postagem -

A baiana Jairã Andrade dos Santos, 53 anos, apresentou queixa-crime contra Michelle Bolsonaro e a vereadora de São Paulo Sonaira Fernandes (Republicanos) por intolerância religiosa, por comentário depreciativo em compartilhamento de vídeo em que ela aparece dando banho de pipoca em Lula (PT).

No vídeo, Lula aparece também com lideranças de religiões de matriz africana na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba). Jairã trabalhou como baiana de receptivo na ocasião.

Em um trecho da postagem, feita no dia 8 desse mês, a vereadora Sonaira Fernandes escreve que Lula “entregou sua alma para vencer essa eleição”. A primeira-dama acrescentou o compartilhamento com o comentário “Isso pode, né! Eu falar de Deus, não!”, ao insinuar que não teria liberdade religiosa por ser evangélica.

Religiões de matriz africana, historicamente, sofrem perseguição no Brasil e apenas recentemente ações do Estado têm buscado conter a intolerância religiosa. A Frente Inter-religiosa Dom Paulo Evaristo Arns por Justiça e Paz pediu retratação da primeira-dama.

O PT soube que a campanha de Jair Bolsonaro (PL) estuda ligar a esposa de Lula, Janja, à umbanda de forma pejorativa em inserções de propaganda eleitoral na TV, para reforçar os comentários de Michelle Bolsonaro na postagem. A legenda de Lula prepara um revide caso a estratégia se concretize, aponta o colunista Ricardo Noblat, do portal Metrópoles.

Segundo Noblat, a campanha de Lula guarda munição para usar contra a primeira-dama caso ataques sejam feitos contra a esposa do candidato petista. Michelle chegou a ser investigada após receber cheques do ex-assessor de Jair Bolsonaro, Fabrício Queiroz, que totalizaram R$ 89 mil. No entanto, o STF arquivou a denúncia.

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Tags:

candomblé intolerância religiosa Michelle Bolsonaro religiões de matriz africana

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