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"Bloqueio do Telegram é sem base constitucional", diz Bolsonaro

Na ocasião, Bolsonaro cumprimentou apoiadores e segurou crianças no colo.

Publicado sábado, 19 de março de 2022 às 14:21 h | Atualizado em 19/03/2022, 14:30 | Autor: Da Redação

O presidente Jair Bolsonaro (PL) comentou neste sábado, 19, após ficar cerca de uma hora em uma barbearia no Distrito Federal e, em seguida, fazer uma aposta em uma casa lotérica, sobre a decisão da suspensão do Telegram. Ele cumprimentou apoiadores e segurou crianças no colo.

Ao comentar a suspensão do Telegram no Brasil, determinada nessa sexta-feira, 18, pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, disse que a decisão " não encontra nenhum amparo no Marco Civil da Internet e em nenhum dispositivo da Constituição”.

Na noite de sexta, a Advocacia-Geral da União (AGU) entrou com uma medida cautelar no STF para contestar a determinação, que atendeu um pedido da Polícia Federal (PF).

O argumento do advogado-geral da União, Bruno Bianco, é que o descumprimento de uma ordem judicial, principal motivo apontado na decisão de Moraes, não deve causar sanções contra aplicativos de qualquer natureza. A PF alegou que o Telegram tem ignorado ordens do STF.

Ainda na sexta, Bolsonaro havia criticado a decisão, a qual classificou de “inadmissível”. O bloqueio atinge em cheio o grupo político de Bolsonaro, que usa bastante a plataforma para se comunicar com apoiadores e divulgar medidas tomadas pelo Executivo federal.

O Telegram também é usado para veicular conteúdos com informações falsas que poderiam ser barradas por redes sociais e plataformas com regras mais rígidas. Bolsonaro tinha mais de 1 milhão de seguidores em seu canal, muito mais que seus adversários políticos.

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