ATOS TERRORISTAS
Bolsonaro já foi julgado por planejar atentado a bomba em quartéis
Na época capitão do exército, Bolsonaro já tinha sido preso e era conhecido como um oficial indisciplinado
Por Da Redação
Após uma bomba ser encontrada próximo ao aeroporto da capital federal, Clima tenso toma conta de Brasília e da equipe de segurança do presidente eleito Luíz Inácio Lula da Silva, para o evento de posse que será realizado no próximo dia 01 de janeiro de 2023.
Empresário preso e que confessou ter levou os artefatos de caminhonete até Brasília, disse que estava “preparado para uma guerra”. George, assim como outros bolsonaristas, não aceita a vitória eleitoral de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A revista Fórum resgatou um fato histórico. Há 35 anos, um oficial indisciplinado, hoje presidente derrotado nas eleições presidenciais de 2022, Bolsonaro ficou preso 15 dias por “ferir a ética e gerar inquietação” devido a artigo pedindo aumento salarial. Após uma decisão de uma junta de três coronéis do Exército que consideraram seu ato de indisciplina uma “transgressão grave” e uma atitude que “feriu a ética, gerando clima de inquietação no âmbito da organização militar”.
O artigo dizia “o salário estava baixo” e que “não consegue sonhar com as necessidades mínimas que uma pessoa do meu nível cultural e social poderia almejar”, o insubordinado e indisciplinado capitão, famoso por sua verborragia e descontrole emocional, deixou o Alto-Comando das Forças Armadas furioso.
Em 1987, a revista Veja voltou publicou uma reportagem, em 25 de outubro, cujo título era “Pôr bombas nos quartéis, um plano na Esao”, numa referência à Escola Superior de Aperfeiçoamento de Oficiais, do Exército. O texto dizia que o homem que viria ser presidente da República, Jair Bolsonaro, tinha a intenção de realizar atentados terroristas em unidades militares, junto com um outro oficial, de nome Fábio Passo, com a intenção de pressionar os superiores hierárquicos a atenderem suas demandas salariais. A Veja trazia um relato detalhado, segundo a revista, saído da própria boca de Bolsonaro, de como produzir bombas a partir do uso de TNT. Ele teria, inclusive, mandado um esboço, espécie de croqui, onde o plano era desenhado passo a passo.
A reportagem causou uma revolta generalizada nas Forças Armadas e Bolsonaro e seu parceiro Fábio, imediatamente entregaram cartas ao Comando do Exército negando tais intenções. Um processo foi aberto e o capitão passou a negar veementemente que fosse explodir quartéis.
A Veja entregou o croqui (esboço à mão de pintura, desenho, planta, projeto arquitetônico), à perícia da Polícia Federal para que fosse realizado uma análise. Os peritos grafotécnicos confirmaram que o desenho tinha sido feito pela mão do oficial Bolsonaro que estava insatisfeito com os “baixos” salários. Havia outros pontos ainda na matéria que indignaram os generais da época, como o trecho em que Bolsonaro dizia que “nosso Exército é uma vergonha nacional, e o ministro (do Exército, à época general Leonidas Pires Gonçalves) está se saindo como um segundo Pinochet”.
Por fim, uma nova investigação foi aberta na Justiça Militar, mas Bolsonaro acabou sendo inocentado. Naquele período histórico, durante um frágil início de redemocratização, os principais observadores da caserna afirmavam que tal decisão foi dada para colocar panos quentes num assunto espinhoso e incômodo ao Exército. O que reforçou tal teoria foi o fato do capitão, que à época tinha só 33 anos, ser “excluído do serviço ativo, passando à reserva remunerada”, ou seja, ser aposentado com direito ao salário integral, para que de uma vez por todas deixasse a farde e não trouxesse mais problemas para os militares.
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