BOLSONARISTA EM BRASÍLIA
“Pronto para matar e morrer”, diz homem que armou bomba no aeroporto
Declaração foi dada em depoimento de George Washington de Oliveira Sousa à Polícia Civil
Por Da Redação
O empresário George Washington de Oliveira Sousa disse em depoimento à Polícia Civil do Distrito Federal que estava pronto para “matar e morrer”, ao falar sobre a bomba que armou no aeroporto de Brasília na noite do último sábado, 24.
O paraense, que levou os artefatos de caminhonete até a capital federal, disse também que estava “preparado para uma guerra” e que aguardava uma “convocação do Exército”, pois se considera um “defensor da liberdade”. George, assim como outros bolsonaristas, não aceita a vitória eleitoral de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O homem, que é dono de uma rede de postos de gasolina no norte do país, deixou mulher e filhos na cidade de Xinguara (PA) e está integrado desde o término do segundo turno ao grupo que protesta contra a vitória do petista em frente ao Quartel-General do Exército do Distrito Federal.
Medidas
O ministro da Justiça, Anderson Torres, se posicionou sobre o episódio. Em sua conta no Twitter, Torres disse que oficiou a Polícia Federal para acompanhar as investigações e que responsabilizações serão feitas após conclusões oficiais.
O @JusticaGovBR oficiou a @policiafederal para acompanhar a investigação e, no âmbito de sua competência, adotar as medidas necessárias quanto ao artefato encontrado ontem (24) em Brasília. Importante aguardarmos as conclusões oficiais, para as devidas responsabilizações.
— Anderson Torres (@andersongtorres) December 25, 2022
Sobre o episódio
Uma bomba foi deixada próximo ao Aeroporto Internacional de Brasília, na manhã deste sábado, 24, em um caminhão-tanque. O artefato explosivo foi desativado pelo esquadrão antibomba da PMDF por volta das 13h20.
Segundo informações do Metrópoles, o dispositivo foi localizado em via pública, perto de uma concessionária de veículos. Devido a operação, que mobilizou a Polícia Militar, a Polícia Civil e o Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, uma das pistas precisou ser interditada.
O artefato possui um acionador envolvido por fios, que, quando ligado, pode causar explosão. O procedimento para a remoção do objeto iniciou por volta de 11h55.
A PCDF investiga o caso. No Twitter, o futuro ministro da Justiça, Flávio Dino, confirmou que a possível bomba foi encontrada pela manhã. Segundo a Inframérica, empresa que administra o aeroporto, apesar do local ser próximo ao aeroporto, não houve impacto nas operações do terminal aéreo.
Prisão
George, que foi preso acusado de deixar a bomba em um caminhão próximo ao Aeroporto Internacional de Brasília, no sábado, 24, queria 'causar o caos', segundo o delegado-geral da Polícia Civil do Distrito Federal, Robson Cândido.
O apoiador do atual presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou à polícia que queria provocar uma explosão para chamar atenção para o movimento do qual participa. Os agentes encontraram um arsenal de armas e munições.
"Ele confessou que realmente tinha intenção de fazer um crime lá no aeroporto, que seria destruir um poste, uma coisa nesse sentido, para causar o caos, né. O objetivo dele era chamar a atenção justamente para o movimento que eles estão empenhados", disse o delegado durante entrevista coletiva no sábado.
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