ATAQUES ANTIDEMOCRÁTICOS
Dias sobre presença no 8 de janeiro: "Retirei pessoas e mandei descer"
Gonçalves Dias se desligou do GSI após aparecer em imagens que sugerem que ele ajudou golpistas no 8/1
Por Da Redação
O agora ex-ministro Gonçalves Dias, após pedir demissão do cargo no Gabinete de Segurança Institucional (GSI) nesta quarta-feira, 19, se defendeu das alegações de que ele tenha auxiliado os golpistas que invadiram o Palácio do Planalto durante os ataques às sedes dos Três Poderes em Brasília, no dia 8 de janeiro. Dias explica que agiu para retirar os invasores e não ajudá-los.
“Eu entrei no Palácio depois que ele foi invadido e estava retirando as pessoas do terceiro e quarto piso para que houvesse a prisão no segundo. Na sala ao lado da do presidente, retirei três pessoas e mandei descer. Lá, fui verificar se as portas estavam fechadas e se não houve depredação lá dentro”, disse o ex-ministro em entrevista à GloboNews.
Em imagens das câmeras de segurança do Planalto divulgadas inicialmente pela CNN Brasil, é possível ver Gonçalves Dias, inicialmente, caminhando sozinho no terceiro andar do palácio, na antessala do gabinete do presidente da República. O ministro-chefe do GSI tenta abrir duas portas e depois entra no gabinete.
Após alguns minutos, o ministro aparece caminhando pelo mesmo corredor com alguns invasores. As imagens sugerem que ele indica a saída de emergência ao grupo de criminosos. Outros integrantes do GSI também pareceram indicar o caminho da saída para os criminosos.
Dias nega que tenha auxiliado ou oferecido água aos golpistas, como as imagens sugerem. “Colaram minha imagem ao major distribuindo água para os manifestantes, fizeram cortes da minha imagem. Tenho 44 anos de profissão no Exército Brasileiro, sempre pautei minha vida em cima dos valores éticos e morais. O maior presente que dou a mim até hoje é a honra. Aquilo é um absurdo, não sei de onde vazou”.
Em nota, quando as imagens foram divulgadas, o GSI informou que as condutas de agentes públicos do órgão envolvidos estão sendo apuradas em sede de sindicância investigativa e que os autores de qualquer colaboração com os invasores serão "responsabilizados".
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