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Em despedida, Aras defende que PGR 'mantém equilíbrio democrático'

Ministro do STF, Dias Toffoli, também defendeu legado de Aras à frente da PGR

Publicado segunda-feira, 25 de setembro de 2023 às 21:39 h | Atualizado em 25/09/2023, 21:46 | Autor: Da Redação
O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) realiza a última sessão comandada pelo atual procurador-geral da República, Augusto Aras. Ele deixa o cargo após quatro anos à frente da PGR
O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) realiza a última sessão comandada pelo atual procurador-geral da República, Augusto Aras. Ele deixa o cargo após quatro anos à frente da PGR -

O procurador-geral da República, Augusto Aras, fez um discurso de despedida nesta segunda-feira, 25, na sessão do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), um dia antes de deixar o comando da PGR. Na oportunidade, Aras frisou que sua a função é necessária para “manter o equilíbrio democrático neste país".

O procurador ainda disse que os detalhes da atuação da PGR só serão revelados à frente.

"As palavras do ministro Toffoli hoje, um dia, adiante, serão detalhadas para que todo o povo brasileiro saiba que a democracia desse país preservada passou por essa instituição mantenedora, como é de seu dever constitucional, da ordem jurídica que sustenta o regime democrático, o Estado de Direito, que é o seu meio de trabalho, e a economia aberta de mercado."

A declaração do procurador corrobora com o discurso do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli. No mesmo evento, o magistrado enalteceu Aras e afirmou que se “não fosse por ele [Augusto Aras], talvez não tivéssemos democracia”.

“Não fosse a responsabilidade, a paciência, a discrição e a força de seu silêncio, Augusto Aras, talvez nós não estivéssemos aqui. Nós não teríamos talvez democracia”, disse.

Na ocasião, o PGR também foi elogiado pelos demais conselheiros do CNMP. Para os presentes, um dos principais atributos do procurador é a sua capacidade de se manter inabalável perante as críticas.

Durante sua gestão, Aras foi duramente criticado por suposta omissão nas investigações sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que foi responsável pela sua indicação e recondução mesmo fora das listas tríplices formadas pela categoria do Ministério Público.

Augusto deixa o órgão na terça-feira, 26, no entanto, não há previsão de quem será o seu substituto. O presidente Lula (PT) pretende definir um nome após a sua cirurgia no quadril, programada para sexta-feira, 29.

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