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Esposa de Rivaldo Barbosa movimentou mais de R$ 2,2 milhões em 2 anos

Ex-chefe da Polícia Civil do Rio é acusado de orquestrar assassinato de Marielle

Publicado segunda-feira, 25 de março de 2024 às 12:56 h | Autor: Da Redação
Erika Andrade ainda sacou em espécie o valor de R$ 760.659,30
Erika Andrade ainda sacou em espécie o valor de R$ 760.659,30 -

A esposa do ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro Rivaldo Barbosa movimentou R$ 2,2 milhões entre 2016 e 2018. O valor é duas vezes maior que o faturamento esperado, com base no que foi declarado ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). Rivaldo é um dos suspeitos de orquestrar o assassinato da vereadora Marielle Franco.

A empresa Mais I Consultoria Empresarial Ltda, em nome de Erika Andrade e Rivaldo, que antes declarou um faturamento mensal de R$ 20 mil, passou a contabilizar R$ 2.213.757 entre junho de 2016 e junho de 2018, com movimentação de R$ 1.072.598, a crédito, e de R$ 1.141.159, a débito.

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Segundo relatório da Polícia Federal (PF), foi apontado que a investigação na conta da empresa teve início devido a “suspeitas de movimentações atípicas e de lavagem de dinheiro”, Ainda de acordo com a PF, foi necessário uma "ampliação e aprofundamento da gama de informações financeiras” do casal.

Erika Andrade ainda sacou em espécie o valor de R$ 760.659,30. "Representa quase 70% do total de operações a débito. Foi registrado que Erika sacou o valor de R$ 155.300 e, imediatamente, depositou os recursos na boca do caixa. R$ 564.524.70 foram sacados nos terminais de autoatendimento, e a quantia de R$ 40.834,79 foi sacada na boca do caixa e imediatamente uma conta foi quitada”, apresentou o documento.

Em relação às suspeitas, o relatório da PF concluiu que, “mais uma vez, a empresa adota uma estratégia não usual e pouco recomendada: a preferência pelos saques em espécie diante das inúmeras outras possibilidades mais seguras e práticas, como a utilização de TED, DOC, transferência entre contas, entre outras.”

Para a PF, "tal prática é comumente utilizada quando se deseja dificultar o rastreamento do dinheiro e, por consequência, realizar a lavagem de capitais, tendo em vista a maior dificuldade imposta na identificação do destino do valor sacado”.

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