ATO GOLPISTA
Ex-ministro Anderson Torres é preso ao desembarcar no Brasil
Ele deve ficar preso na Superintendência da PF ou para a sede administrativa da corporação
Por Da Redação
O ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal Anderson Torres chegou ao Brasil na manhã deste sábado, 14, vindo dos Estados Unidos, e foi preso pela Polícia Federal. De acordo com a CNN Brasil, Torres foi o primeiro a descer do avião, quando foi recebido um delegado da Polícia Federal (PF) e levado diretamente do avião para o hangar da PF no aeroporto de Brasília.
Torres deve seguir para uma delegacia da corporação no aeroporto. Depois disso, o ex-ministro deve passar por avaliação médica. Torres seguirá para a carceragem, mas ainda não se sabe se ele irá para a Superintendência da PF ou para a sede administrativa da corporação. Por ser delegado federal, ex-ministro e ex-secretário, Torres não ficará detido com presos comuns.
O pedido de prisão preventiva do ex-ministro de Bolsonaro decorre do inquérito que apura os atos golpistas ocorridos na capital federal no último dia 8. Na ocasião dos ataques aos prédios do Supremo, do Congresso Nacional e do Palácio do Planalto, Torres estava de férias, em Orlando, nos Estados Unidos, onde chegou na sexta-feira, 6, mas o período oficial de descanso do então titular da Segurança Pública do DF começava no dia 9.
A suspeita é que Torres, em conjunto com setores da Polícia Militar do DF e de militares, tenha atuado para facilitar a ação dos terroristas bolsonaristas. O ex-ministro diz que não teve relação com os atos ou foi omisso na realização do seu trabalho.
A prisão foi pedida pela Polícia Federal e pela Advocacia-Geral da União e decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF.
Além disso, na terça-feira, 10, policiais federais encontraramna residência de Torres uma minuta de decreto para o então presidente JairBolsonaro (PL) instaurar estado de defesa na sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O objetivo do texto era inverter o resultado da eleição, no qual o seu ex-chefe saiu derrotado as urnas. A medida seria inconstitucional.
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