DEFENDEU A ESPOSA
Gastos de Michelle eram com absorventes e cabeleireiro, diz Bolsonaro
Ex-presidente defendeu que ex-primeira-dama não precisa ser convocada para depor sobre gastos pessoais
Por Da Redação
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) defendeu a esposa, Michelle Bolsonaro, das suspeitas de ter participado de um esquema de rachadinha ao lado do ex-ajudante de ordens da Presidência da República, o tenente-coronel Mauro Cid. As declarações do ex-mandatário aconteceram nesta quinta-feira, 18, na saída do Senado, após ele deixar o gabinete do seu filho 01, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).
Os gastos da ex-primeira-dama, apontou o ex-chefe do Executivo eram para gastos pessoais e não seria justificada a convocação dela para prestar depoimento. “As compras dela são absorventes, roupas para a filha, manicure, cabeleireiro. Eu sacava em média R$ 20 mil por mês, além das coisas que me pagavam na conta pessoal, como presidente da República R$ 33 mil e R$ 12 mil como capitão do Exército", afirma.
"Eu nunca usei o cartão corporativo meu, que poderia sacar R$ 17 mil por mês. Está na mão de vocês o extrato, nunca saquei um centavo, nunca paguei uma conta sequer no cartão”, destacou o Bolsonaro.
O ex-presidente disse ainda que Michelle não sabia das acusações de que ela faria parte de um suposto esquema de rachadinha. “Quando mexe com familiar, minha esposa no caso, é muito pessoal. Ela até desconhecia uma organização enorme por parte dela, tem quatro calhamaços de notas fiscais de compras pessoais feitas por nós em 2019, 20, 21 e 22”, argumentou.
Joias sauditas
Bolsonaro também tangenciou durante as suas falas as possíveis irregularidades na receptação e na tentativa de recuperar joias entregues pelo governo da Arábia Saudita, sendo que um kit de joias chegou a ser entregue a ele, ao passo que outro conjunto ficou preso na alfândega do Aeroporto de Guarulhos pela falta de declaração do valor do presente.
“Tem uma moto de madeira que eu ganhei, pensei que poderia ficar comigo, não pode, paciência. Dos três tipos de presente que tinha lá, dois doei para a Biblioteca Nacional", ironizou apontando que, diferente do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), não quer criar uma fundação em seu nome e, assim, receber doações.
"Eu não quero abrir uma fundação para mim, como outros presidentes fizeram, porque é dor de cabeça. Tem que pedir doação, entrar na lei Rouanet, não quero isso, quero doar esse material todo e ficar livre desse problema”, declarou.
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