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“Governo Lula planta mentiras e Padilha é incompetente”, diz Lira

Presidente da Câmara nega sair enfraquecido após aliados tentarem, sem sucesso, derrubar detenção de Brazão

Publicado sexta-feira, 12 de abril de 2024 às 09:27 h | Autor: Da Redação
Arthur Lira é presidente da Câmara desde 2021
Arthur Lira é presidente da Câmara desde 2021 -

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), disse que o governo Lula (PT) plantou uma mentira sobre seu suposto enfraquecimento. A declaração foi dada na noite desta quinta-feira, 11, em um evento do agronegócio no Paraná, após ser questionado se o resultado da votação sobre a prisão do deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) o teria enfraquecido.

"Essa notícia hoje, que você está tentando verbalizar, porque os grandes jornais fizeram, foi vazada do governo e basicamente do ministro Padilha [ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais], que é um desafeto, além de pessoal, incompetente. Não existe partidarização, eu deixei bem claro que ontem a votação é de cunho individual, cada deputado é responsável pelo voto que deu. Não tem nada a ver", disse Arthur Lira.

Padilha respondeu a provocação publicando um vídeo em que Lula o elogia.

Sobre o caso Marielle

A Câmara dos Deputados decidiu, na noite desta quarta-feira, 10, manter a prisão do deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), acusado de ser um dos mandantes do assassinato de Marielle Franco, ex-vereadora do Rio de Janeiro pelo PSOL.

Foram 277 votos a favor da manutenção da prisão e 129 votos contrários. Outros 28 deputados federais se abstiveram de um posicionamento no plenário.

As legendas de esquerda e de centro-esquerda, como PSD, PDT e as federações PSOL-Rede e Brasil da Esperança (PT-PCdoB-PV), orientaram voto para manter a prisão de Chiquinho Brazão.

Já o PL, principal partido de oposição ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), foi no sentido contrário e orientou a bancada a votar contra a prisão do parlamentar.

Marielle foi assassinada no Rio de Janeiro, no dia 14 de março de 2018, após o disparo de 13 tiros contra o carro em que ela estava. A então vereadora carioca foi atingida por três balas na cabeça e uma no pescoço. O motorista do veículo, Anderson Gomes, foi baleado três vezes nas costas, também falecendo naquela noite.

De acordo com as investigações, o responsável pelos disparos foi o policial militar reformado Ronnie Lessa, que estava em um carro conduzido pelo também ex-PM Élcio de Queiroz. Ambos foram presos no dia 12 de março de 2019.

Após um acordo de delação premiada, Ronnie Lessa apontou o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) Domingos Brazão, o deputado federal Chiquinho Brazão e o delegado Rivaldo Barbosa como os mandantes do crime. Os três foram presos no último dia 24 de março.

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