BRASIL
Justiça de SP absolve Aécio Neves no caso JBS
O juiz Ali Mazloum considerou que não havia provas suficientes
A Justiça Federal de São Paulo absolveu na quinta-feira, 10, o deputado federal Aécio Neves (PSDB), acusado de receber propina de R$ 2 milhões de Joesley Batista, da J&F.
O juiz Ali Mazloum, da 7ª Vara Criminal de São Paulo, considerou que não havia provas que pudessem ligar a atos de corrupção o pedido de empréstimo no valor de R$ 2 milhões feito por Aécio a Joesley.
"A conduta típica descrita na denúncia não existiu no mundo fenomênico. Em outras palavras, está provada a inexistência do crime de corrupção passiva narrado pela PGR (art. 386, I, do CPP)", disse o magistrado em sua decisão.
A irmã de Aécio, Andrea Neves, seu primo Frederico Pacheco de Medeiros e seu ex-assessor parlamentar Mendherson Souza Lima também foram absolvidos.
Em nota ao G1, a defesa de Aécio afirmou que "depois de cinco anos de exploraçoes e injustiças, foi demonstrada a fraude montada por membros da PGR e por delatores que colocou em xeque o estado democrático de direito no país".
Em 2017, executivos do grupo J&F, proprietário da marca JBS, afirmaram que o então senador Aécio Neves tinha sido gravado pedindo R$ 2 milhões a um dos donos da empresa, Joesley Batista, para pagar sua defesa na Operação Lava Jato.
A quantia foi entregue a um primo do tucano, em ação filmada pela Polícia Federal. A gravação de 30 minutos foi entregue à Procuradoria-Geral da República e integrou acordo de delação premiada de Joesley Batista.
Na conversa, o tucano e o empresário combinam a entrega do dinheiro. Aécio afirmou que mandaria para receber a quantia alguém da sua confiança.
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