CRISE HUMANITÁRIA
MPF apura responsabilidade da União sobre tragédia Yanomami
Omissão de gestores públicos podem ter contribuído para emergência humanitária
O Ministério Público Federal (MPF) instaurou, nesta segunda-feira, 30, um inquérito para apurar a responsabilidade do governo federal na crise humanitária nas terra indígena Yanomami, no estado de Roraima.
Fome, desnutrição severa, malária e contaminação da água por conta do mercúrio da exploração ilegal de garimpo atingiram a população indígena da região.
O MPF apura como as omissões de gestores públicos contribuíram para o cenário desumano que atinge a região. Através de uma iniciativa dos partidos políticos e entidades da sociedade civil organizada, os agentes públicos se tornaram alvo de representações encaminhadas ao MPF de Roraima.
De acordo com o documento “Tal acervo revela um panorama claro de generalizada desassistência à saúde, sistemático descumprimento de ordens judiciais para repressão a invasores do território indígena e reiteradas ações de agentes estatais aptas a estimular violações à vida e à saúde do povo Yanomami”.
Segundo o Metrópoles, as conclusões do inquérito serão utilizadas para a definição das medidas de reparação e para a criação de políticas públicas e mecanismos institucionais que previnam a reincidência desse tipo de tragédia.
Desde da intervenção da Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) nas terras Yanomamis, milhares de indígenas da etnia foram resgatados em situação avançada de desnutrição, entre outros graves problemas de saúde.
A prática criminosa do garimpo que cresceu aceleradamente no governo Bolsonaro, contaminou com mercúrio a água, o solo e os peixes das águas que abasteciam as aldeias dos Yanomamis.
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