PIRÂMIDES FINANCEIRAS
Ronaldinho Gaúcho falta pela segunda vez à CPI
Ex-jogador alegou que não teve voos de RS para Brasília
Por Da Redação
Pela segunda vez, Ronaldinho Gaúcho faltou à convocação feita pela CPI das Pirâmides Financeiras, na Câmara, nesta quinta-feira, 24. Segundo o relator da comissão, deputado Ricardo Silva (PSD-SP), o ex-jogador não conseguiu comparecer à convocação por causa do cancelamento de voos em Porto Alegre (RS), por causa do mau tempo, nesta quarta-feira, 23.
Sem a presença de Ronaldinho, a CPI manteve a sessão desta quinta para ouvir o depoimento do empresário Roberto de Assis Moreira, irmão de Ronaldinho. Ele compareceu à comissão acompanhado do advogado, Sérgio Queiroz, de acordo com o g1. Marcelo Lara também foi convocado para depor na CPI para falar sobre a empresa 18K, propriedade dos envolvidos.
No entanto, o deputado disse que a CPI poderá pedir a condução coercitiva do ex-jogador, segundo o portal. A condução coercitiva se trata de um método impositivo aplicado pelas autoridades policiais por ordem do Poder Judiciário para garantir que as pessoas intimadas prestem depoimentos para a investigação em andamento.
Quando não atenderam ao primeiro agendamento, na terça-feira, 22, o presidente da CPI, deputado Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), já tinha dito que a dupla poderia ser alvo de condução coercitiva, afirmando que poderiam até chegar à “força policial”.
De acordo com Silva, tiveram vários voos nesta manhã para Brasília, que pousaram na capital às 7h, por exemplo. Segundo ele, mesmo que não tivesse, o argumento de Ronaldinho não é amparado por lei, pois de acordo com ele o ex-jogador teria que ter se antecipado.
Ronaldinho Gaúcho, seu irmão Assis e Marcelo Lara foram convocados a depor na Comissão Parlamentar de Inquérito para falar sobre a empresa 18K, de propriedade dos envolvidos (veja detalhes abaixo).
O depoimento de Assis
De acordo com o g1, antes da pergunta, o advogado de Assis começou a conversar com o cliente, o que gerou indignação de alguns deputados. Ainda segundo o portal, o advogado de Assis, Sérgio Queiroz, disse que seu cliente estava amparado por um habeas corpus emitido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e que o que estava fazendo era uma prerrogativa que ele tinha como advogado.
Depois da situação continuar, o deputado Alfredo Gaspar (União-AL) pediu que a sessão fosse suspensa. O presidente da CPI disse que a sessão continuaria e que seriam tomadas as medidas jurídicas devidas.
Criptomoedas
No requerimento de convocação, o relator do requerimento afirmou que a empresa 18K afirmava trabalhar com trading e arbitragem de criptomoedas e prometia rendimentos de 2% ao dia a seus clientes, supostamente baseado em operações com moedas digitais.
Silva informou que a empresa de Ronaldinho foi apontada como pirâmide financeira pelo Ministério Público, por causa das promessas de altos e rápidos retornos.
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