PRONUNCIAMENTO
"Se trata de uma execução", diz Flávio Dino sobre morte de médicos
Médicos teriam sido baleados por engano na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro

Por Felipe Sena e Fernando Valverde

O ministro da Justiça, Flávio Dino, disse nesta quinta-feira, 5, que a morte de três médicos, sendo um baiano, foi "uma execução" e que as investigações seguem em curso. “Há uma visão de que se trata de uma execução e não de um crime patrimonial, pela própria dinâmica dos fatos”. O crime aconteceu na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro.
Dino diz que conversou com o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL-RJ), e que há mais de uma linha de investigação percorrida, além da colaboração para resolução do caso. “A Polícia Civil do Rio de Janeiro detém o inquérito e a Polícia Federal está colaborando com as ações”, que de acordo com o ministro foi um pedido do deputado federal Artur Lira (PP-AL).
Dino também afirma que conversou com sua equipe do Rio de Janeiro e que “estão firmes junto com a Polícia Civil, na convicção de que vão elucidar o crime, porque há indicações que já podem conduzir a configuração da materialidade da autoria do delito”. O ministro ainda se solidarizou com as famílias, a classe médica e sociedade do Rio de Janeiro.
“Embora seja presença constante de milicianos e facções naquele estado, há algumas décadas, nós jamais banalizamos a perda de vidas humanas, então uma vida é sagrada”, afirma. Além desse crime, o ministro da justiça informou que seguem também as investigações pela morte da vereadora Marielle Franco, executada em 2018, junto com o motorista Anderson Gomes.
O caso
Três médicos ortopedistas, sendo um baiano, foram executados a tiros, na madrugada desta quinta em um quiosque na Praia da Barra da Tijuca. As vítimas estavam na capital carioca participando de um congresso internacional de ortopedia.
Perseu Ribeiro Almeida, de 33 anos, estava sentado em um dos quiosque na frente do hotel onde estava hospedado, quando um carro branco parou, e três homens de preto e armados de pistolas desembarcaram e abriram fogo à queima-roupa.
De acordo com a principal linha de investigação, conforme informação obtida pela TV Globo por fontes policiais, o baiano Perseu e os três médicos foram baleados por engano.
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