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Terceira via não consegue unidade sob sombra de Lula e Bolsonaro

O ex-juiz Sérgio Moro (Podemos) não decolou nas pesquisa e não consegue unificar o grupo.

Publicado quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022 às 09:17 h | Atualizado em 24/02/2022, 09:56 | Autor: Da Redação
O ex-magistrado atribuiu o desempenho tímido do segmento à demora em se buscar um afunilamento
O ex-magistrado atribuiu o desempenho tímido do segmento à demora em se buscar um afunilamento -

A chamada terceira via tem se mostrado grandes dificuldades em se firmar e eleger um nome competitivo para as eleições presidenciais deste ano, o que tem dado cada vez mais força a um cenário de polarização entre o ex-presidente Lula (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL).

O ex-juiz Sérgio Moro (Podemos) não decolou nas pesquisa e não consegue unificar o grupo. Recentemente, Moro e o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), deram demonstrações do ruído em evento do banco BTG Pactual: concordaram no discurso de unificação, mas não sobre datas.

Enquanto o ex-magistrado atribuiu o desempenho tímido do segmento à demora em se buscar um afunilamento desde já, o tucano pregou que o movimento ocorra depois.

Doria, sob tiroteio do PSDB para desistir da corrida e em esforço para evitar a reabilitação de Eduardo Leite, nome derrotado nas prévias do partido e que pode voltar ao jogo pelas mãos de uma ala do tucanato e do presidente do PSD, Gilberto Kassab, tenta ganhar tempo para atenuar sua rejeição e se mostrar viável.

Pré-candidatos como os senadores Simone Tebet (MDB-MS) e Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e o cientista político Luiz Felipe d’Ávila (Novo) brigam pela mesma faixa do eleitorado e ecoam a tese da unidade. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), já é considerado fora da disputa.

Sem consenso por ora, a ideia de que postulantes recuem para aderir a outro virtualmente mais competitivo é pano de fundo para especulações de aliados sobre concorrentes que já estariam fadados a abrir mão de seus projetos, em um jogo de empurra para ver quem se retira primeiro.

Nos bastidores, o discurso de que um presidenciável moderado e palatável a antipetistas e antibolsonaristas deslancharia à medida que a eleição se aproximasse começa a dar lugar a certo desalento, diante da aparente estabilidade dos dois favoritos e da pulverização no centro.

Oficialmente, candidatos e articuladores se recusam a admitir obstáculos. 

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