TERRORISMO EM BRASÍLIA
'Tudo apontava para ato pacífico', diz ex-chefe da PM-DF que foi preso
Fábio Augusto também deu declaração em audiência de custódia
Por Da Redação
O ex-chefe da Polícia Militar do Distrito Federal (PM-DF), Fábio Augusto Vieira, negou em audiência de custódia, que houve "facilitação" da corporação para os bolsonaristas golpistas invadissem e depredassem as sedes do Congresso Nacional, Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília, no domingo, 8.
O interventor federal, Ricardo Capelli, afastou Vieira do comando da PM do Distrito Federal na segunda, 9. NO dia seguinte, ele foi preso por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do STF.
Vieira disse na audiência de custódia realizada na quarta, 11, que a PM conduziu a operação prevista para o dia do atentado. "De acordo com as informações que tínhamos recebido. Não houve da nossa parte facilitação para que os atos ocorressem. Eu era o comandante-geral da Polícia Militar e havíamos recebido informações da área de inteligência, inclusive de outros órgãos, e tudo apontava para um ato pacífico."
Vídeos e fotos divulgados no domingo das invasões, mostram que a PM escoltou os golpistas até a Praça dos Três Poderes. Há registros de agentes tomando água do coco e tirando selfies enquanto os bolsonaristas avançava em direção aos prédios públicos.
De acordo com o UOL, a defesa de Vieira chegou a pedir a revisão da prisão preventiva, argumentando que o ex-comandante da PM solicitou, ele mesmo, o afastamento do cargo antes de ser exonerado —fato que teria sido comunicado ao Ministério Público e ao interventor da Segurança Pública do Distrito Federal.
"Comportamento gravíssimo"
O ministro Alexandre de Moraes classificou como "gravíssimo" o comportamento de Fábio Vieira e também de Anderson Torres, ex-secretário de Segurança do DF, que foi preso ontem. Para o ministro, a conduta poderia colocar em risco a vida de autoridades como o presidente da República, parlamentares e ministros do Supremo Tribunal Federal.
Na decisão que ordenou a prisão de Fábio e Anderson, Moraes disse "Absolutamente nada justifica a omissão e conivência do Secretário de Segurança Pública e do Comandante Geral da Polícia Militar". De acordo com Moraes, ficou "amplamente comprovada" a omissão de ambos na invasão às sedes dos três Poderes.
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