NO NEGATIVO
Correios caminha para ter o maior prejuízo de sua história
De janeiro a setembro a empresa pública contabilizou R$ 2 bilhões de deficit
Por Redação
2024 deve ser o ano que os Correios podem registrar o maior prejuízo de sua história. De janeiro a setembro a empresa pública contabilizou R$ 2 bilhões de deficit, e se continuar nesse ritmo, deve superar o resultado negativo de 2015, de R$ 2,1 bilhões, registrados quando Dilma Rousseff (PT) era a titular do Palácio do Planalto.
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O presidente dos Correios é o advogado Fabiano Silva dos Santos, 47 anos, indicado ao cargo pelo Prerrogativas, grupo de advogados simpáticos ao presidente Lula que atuou e segue atuando fortemente contra as acusações de processos da Lava Jato.
Conforme apuração do site Poder 360, por causa da deterioração das contas, os Correios decretaram em outubro um teto de gastos para o ano, de R$ 21,96 bilhões. A definição foi informada aos gestores em 11 de outubro. O documento foi colocado sob sigilo.
Foram determinadas outras 3 ações para reduzir o rombo nas contas: suspender contratações de pessoal terceirizado por 120 dias; cortar preço de contratos e encerramento de contratos. Os Correios esperavam receitas de R$ 22,7 bilhões em 2024. Agora, revisaram para R$ 20,1 bilhões. Mesmo que o teto de gastos funcione plenamente, ainda haverá um prejuízo de ao menos R$ 1,7 bilhão.
Ao justificar as medidas, os Correios afirmaram ser preciso evitar o risco de “insolvência”. Ou seja, há o risco de a empresa quebrar e precisar ser resgatada pelo Tesouro. “Tais medidas visam, fundamentalmente, a recompor o saldo do orçamentário/caixa para retomada do equilíbrio econômico-financeiro e evitar que a empresa entre em estado de insolvência”, diz trecho do documento.
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