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Dallagnol: "Não penso duas vezes em defender Bolsonaro contra Lula"

Deputado Federal foi cassado por fraude à Lei da Ficha Limpa esteve no programa Roda Viva nesta segunda-feira

Publicado terça-feira, 30 de maio de 2023 às 09:51 h | Autor: Da Redação
Jurista deixou o cargo de procurador da República em novembro de 2021
Jurista deixou o cargo de procurador da República em novembro de 2021 -

O deputado federal cassado, Deltan Dallagnol (Podemos-PR), esteve no programa Roda Viva nesta segunda-feira, 29, e afirmou que "não pensa duas vezes" em defender o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) diante do atual mandatário, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Na entrevista, o ex-procurador da República revelou que votou no candidato da extrema-direita para evitar a eleição do representante da esquerda brasileira, alegando que Lula defenderia ditaduras.

"Avaliando Lula, avaliando Bolsonaro, eu não penso duas vezes em defender Bolsonaro contra Lula", declarou.

Citando o encontro entre o presidente petista e o dirigente venezuelano, Nicolás Maduro, Dallagnol argumentou que Bolsonaro não adotava o mesmo tipo de postura, apesar da ligação deste último com o príncipe saudita Mohammad bin Salman, herdeiro de um regime acusado de violar direitos humanos.

Sobre sua cassação, o jurista disse que os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinaram sua cassação "por interesse" e afirmou que irá recorrer da decisão à própria Corte, ao Supremo Tribunal Federal (STF) e à Câmara dos Deputados.

"Um ministro chega ao tribunal superior não só porque é indicado pelo presidente, mas porque é apoiado por uma série de partidos e figurões da nossa República. [...] Essas pessoas querem vingança, o sistema quer vingança. [...] O TSE emitiu uma decisão que criou uma inelegibilidade que não está prevista na lei para me cassar. Isso aconteceu fora da lei".

Daltan Dallagnol foi cassado por fraude à Lei da Ficha Limpa ao sair do Ministério Público Federal, em novembro de 2021. Ele renunciou ao cargo de procurador da República quando já havia sinais de que poderia ser exonerado por desvio de conduta. O jurista pode recorrer, mas a decisão do TSE tem validade automática.

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