COM 27 PALAVRAS
Insatisfeito com cartas pela democracia, Bolsonaro cria seu manifesto
Presidente da República ironizou iniciativa organizada pela USP e chamou carta da Fiesp de “nota política em ano eleitoral”
Por Da Redação
O presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), foi ao Twitter noite desta quinta-feira, 28, para postar sua própria versão de manifesto pela democracia.
Com 27 palavras, incluindo seu nome completo e o cargo que ocupa, Bolsonaro disse ser a favor da democracia.
- CARTA DE MANIFESTO EM FAVOR DA DEMOCRACIA
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) July 29, 2022
"Por meio desta, manifesto que sou a favor da democracia."
Assinado: Jair Messias Bolsonaro, Presidente da República Federativa do Brasil.
Em um tweet posterior, esse mais extenso, com 44 palavras, o presidente da República se questionou sobre o que seria preciso para ser considerado “democrata” e insinuou que adversários políticos mantêm diálogo com narcotráfico e controlam a mídia. Alguns dias antes, Bolsonaro havia afirmado que não precisava de "nenhuma cartinha" para declarar que defende a democracia.
- Se eu defender menos transparência nas eleições, financiar ditaduras comunistas na América Latina, manter diálogos cabulosos com o narcotráfico e tentar controlar a mídia, serei chamado de democrata? Ou na verdade isso não depende do que se diz, mas de que lado você está?
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) July 29, 2022
Bolsonaro se mostrou insatisfeito com dois manifestos pela democracia escritos esta semana: a "Carta às brasileiras e aos brasileiros em defesa do Estado democrático de Direito", que recolhe assinaturas em um site e que já ultrapassou 300 milhões de adesões, apesar das tentativas de ataques hackers, e uma carta da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) em defesa da democracia que foi chamada de “nota política em ano eleitoral” pelo chefe do Executivo Federal.
Insinuações sobre a segurança do sistema eleitoral brasileiro têm sido feitas por Bolsonaro e seus aliados. Um dos principais alvos do presidente da República é a urna eletrônica, criticada este mês por ele em reunião com embaixadores, em Brasília.
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