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“Não precisamos de cartinha em favor da democracia”, diz Bolsonaro

Presidente ironizou, durante discurso na convenção do PP, o manifesto criado pela Faculdade de Direito da USP em defesa da democracia

Publicado quarta-feira, 27 de julho de 2022 às 20:16 h | Atualizado em 27/07/2022, 20:23 | Autor: Da Redação
Bolsonaro discursou durante convenção do PP que confimou o apoio a sua candidatura à reeleição para a Presidência da República
Bolsonaro discursou durante convenção do PP que confimou o apoio a sua candidatura à reeleição para a Presidência da República -

Com ataques reiterados e sem comprovação ao sistema eleitoral, o presidente Jair Bolsonaro (PL) ironizou o manifesto criado pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) e afirmou que não precisa de "nenhuma cartinha" para declarar que defende a democracia. O documento defende o processo eletrônico de votação e critica “ataques infundados” às eleições.

"Vivemos em um país democrático, defendemos a democracia. Não precisamos de nenhuma cartinha para falar que defendemos a democracia, que queremos cada vez mais cumprir e respeitar a Constituição, não precisamos, então, de apoio ou sinalização de quem quer que seja para mostrar que o nosso caminho é a democracia, é a liberdade, é o respeito à Constituição", declarou Bolsonaro durante a convenção do PP que aprovou o apoio da legenda à candidatura dele à reeleição.

O documento, em menos de 24 horas, leva a assinatura de mais de 100 mil pessoas. A carta não cita Bolsonaro e afirma que "estamos passando por momento de imenso perigo" para a normalidade democrática, com risco às instituições e insinuações de desacato ao resultado das eleições.

A carta também foi criticada pelo ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP-PI), que insinuou, na última terça-feira, 26, que os banqueiros apenas assinaram o documento por causa do prejuízo que os bancos tiveram com o suposto sucesso do Pix.

"Eles podem assinar manifestos contra porque estão livres da perseguição, mas o Banco Central, independente, coloca em prática o PIX, que por ano transferiu mais de R$ 40 bilhões de tarifas que os bancos ganhavam a cada transferência bancária e hoje é de graça", argumentou Nogueira no Twitter.

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