200 ANOS DE INDEPENDÊNCIA
Trazer coração de Dom Pedro é estratégia eleitoral, diz colunista
Bolsonaro foi aconselhado a trazer o órgão do primeiro imperador do Brasil, que estava preservado em Portugal
![Coração está em um recipiente de vidro na igreja de Nossa Senhora da Lapa, na cidade do Porto, em Portugal](https://cdn.atarde.com.br/img/Artigo-Destaque/1200000/1200x720/Artigo-Destaque_01203957_00-ScaleDownProportional.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.atarde.com.br%2Fimg%2FArtigo-Destaque%2F1200000%2FArtigo-Destaque_01203957_00.jpg%3Fxid%3D5532937%26resize%3D1000%252C500%26t%3D1721486577&xid=5532937)
A ideia de trazer o coração de Dom Pedro I, imperador do Brasil entre 1822 e 1831, partiu de conselheiros de Jair Bolsonaro (PL) e teve como finalidade atrair votos de parcela da população com “forte cunho patriótico”, publicou o jornalista Jamil Chade em sua coluna no portal Uol, neste domingo, 21.
O ato faz parte das comemorações do Sete de Setembro, em Brasília, quando se completará duzentos anos da independência oficial do país.
No entanto, dentro do Ministério das Relações Exteriores, o Itamaraty, a iniciativa criou mal-estar. A justificativa é que o gesto é considerado “constrangedor” para um país da dimensão do Brasil.
O coração de Dom Pedro I está em um recipiente de vidro na igreja de Nossa Senhora da Lapa, no Porto, desde 1837. A cada 10 anos, é trocado o líquido, com base em formol, que o mantém preservado. Para os portugueses, ele é o Dom Pedro IV.
Desde abril o Governo Federal se movimenta para trazer o coração do primeiro imperador brasileiro. A relíquia chega ao Brasil nesta segunda-feira, 22, e será entregue à Presidência em solenidade na terça-feira, 23. Ao todo, ficará 20 dias em território brasileiro. A sua exposição será restrita ao palácio presidencial em Brasília.
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