ELEIÇÕES 2022
Urna eletrônica é ‘referência’, diz chefe de missão internacional
Lorenzo Córdova, chefe da missão da União Interamericana de Organismos Eleitorais, disse que o mundo está de olho nas eleições brasileiras
Por Da Redação
O chefe da missão da União Interamericana de Organismos Eleitorais (Uniore), Lorenzo Córdova, afirmou nesta quarta-feira, 3, durante coletiva de imprensa, que a urna eletrônica brasileira é uma referência para os outros países do continente americano. Córdova é presidente do Instituto Nacional Electoral do México, órgão análogo ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no país.
“A urna eletrônica tem sido um ponto de referência para todo o continente. Sabemos que há questionamentos e estamos aqui para escutar todas as partes, para entender as fontes dos questionamentos”, afirmou Córdova na coletiva.
A Uniore assinou um acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na terça, 2, e será uma das entidades internacionais que vão acompanhar o processo eleitoral no Brasil.
Córdova declarou também que tem preocupação com relação aos questionamentos à segurança das urnas eletrônicas e do sistema eleitoral, além das fake news e da polarização em meio à campanha eleitoral.
“Hoje, o mundo todo está olhando para o Brasil e seu processo eleitoral. O Brasil tem uma das maiores democracias do continente, é uma das mais importantes economias da América Latina e é um exemplo de sistema eleitoral, destacou o chefe da missão, Lorenzo Córdova.
O representante mexicano também explicou que o objetivo da missão é observar a atuação das autoridades eleitorais brasileiras e contribuir para uma eleição democrática.
“A ideia desta missão é escutar todas as vozes, escutar os questionamentos que se fazem sobre a realização do processo, contribuir com a transparência, com elementos adicionais para a construção de uma eleição que cumpra os padrões de integridade eleitoral e, sobretudo, os princípios e valores democráticos”, declarou.
O convite para que a Uniore atue como observadora internacional nas eleições deste ano foi feito pelo ministro Edson Fachin, presidente do TSE, que tem buscado em sua gestão à frente do tribunal ampliar o número de organismos estrangeiros que vão acompanhar o pleito.
Além da Uniore, representantes do Parlamento do Mercosul (Parlasul) e da Organização dos Estados Americanos (OEA) foram autorizados pelo TSE a realizarem missões de observação. De acordo com a Corte, ainda está prevista a participação de oito missões de entidades nacionais e foram convidadas para atuar como observadoras das eleições a Rede Eleitoral da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), a Rede Mundial de Justiça Eleitoral e a Fundação Internacional para Sistemas Eleitorais (Ifes).
Esta é a terceira vez que o TSE convida órgãos internacionais para observarem as eleições. A primeira vez foi em 2018 e a segunda em 2020.
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