POLÍTICA
Papel de deputado baiano é crucial na cassação de Zambelli
Deputada enfrenta representação de cassação de mandato diante do colegiado mais importante da Câmara
Por Eduardo Dias

Presa na Itália pelas autoridades do país europeu, após entrar na lista de procuradas pela Interpol, a deputada federal brasileira, Carla Zambelli, condenada a 10 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por participação na invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) enfrentará agora o processo de cassação de seu mandato na Câmara dos Deputados.
A representação nº 2/25 tramita na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Casa, cuja presidência é comandada pelo deputado federal baiano, Paulo Azi (UNIÃO-BA).

Funções e processo legal
Azi determinou como relator do caso o deputado federal Diego Garcia (Republicanos-PR), e, juntos, já definiram na terça-feira, 5, as diligências que serão realizadas na instrução probatória referente à representação em desfavor da deputada.
Azi reforçou o compromisso como presidente da comissão em garantir o devido processo legal, o contraditório e a ampla defesa para Zambelli, seguindo os ritos regimentais. Embora a elaboração do parecer seja tarefa do relator, o presidente da CCJ é fundamental para coordenar os trabalhos e assegurar a transparência do processo.
As diligências acordadas entre o presidente Paulo Azi e o relator Diego Garcia incluem o convite para a oitiva das testemunhas: Walter Delgatti Neto, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, Michel Spiero, Flávio Vieitez Reis e Felipe Monteiro de Andrade, além da oitiva de Zambelli, que será realizada por videoconferência.
“O objetivo é assegurar o devido processo legal, o contraditório, a ampla defesa parlamentar e os ritos regimentais”, afirmou o presidente da CCJ, Paulo Azi.
De acordo com os parlamentares, a CCJ fará os contatos necessários para a realização das oitivas solicitadas, e que as datas das reuniões serão divulgadas em breve. Os parlamentares esclareceram ainda que indeferiram o pedido de realização de audiência de confrontação entre as testemunhas, por ausência de previsão regimental.
Após a realização dessas oitivas, o relator terá o prazo de cinco sessões para apresentar seu parecer. Em seguida, o relatório será votado na CCJ e, se aprovado, seguirá para o plenário da Câmara, onde o futuro político da deputada será decidido em votação final, conforme prevê o art. 240, § 3º, III, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados.
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