POLÍTICA
Erika Hilton na mira: contratações em gabinete viram alvo de denúncia
Deputada é alvo de representações por suposto uso indevido de verba pública
Por Redação

Após a suposta informação de que a deputada Erika Hilton (PSOL-SP) teria dois maquiadores contratados com salário da Câmara dos Deputados, a oposição na Casa apresentou nesta terça-feira, 24, à procuradoria-geral da República (PGR) uma representação contra a parlamentar.
Leia Também:
Conforme o Metrópoles, os opositores querem que o órgão investigue a legalidade da contratação de dois maquiadores que trabalham para a deputada como assessores do seu gabinete.
Dois deputados assinaram o documento: Kim Kataguiri (União-SP) e Junio Amaral (PL-MG). Kim pediu ao Procurador-Geral, Paulo Gonet, que apure “possíveis atos de improbidade administrativa e de ilícitos penais decorrentes da utilização indevida de verba pública”.
“Tais profissionais divulgam amplamente nas redes sociais sua atividade como maquiadores da parlamentar, com publicações frequentes registrando sessões de maquiagem em eventos públicos e privados. A própria deputada declarou que ‘sempre que podem, me maquiam’, indicando que essa atividade estética configura a principal — ou única — função exercida”, escreveu Kataguiri na representação.
“O gabinete de um parlamentar não é camarim de celebridade. É inadmissível que dinheiro público, pago com o imposto de milhões de brasileiros, seja utilizado para pagar produção estética pessoal. Isso é desvio finalidade e afronta o princípio da moralidade administrativa’, disse Kataguiri à coluna.
Além da representação na PGR, a oposição na Câmara apresentou uma representação contra a deputada Erika para a investigação de possível ato de improbidade administrativa. O líder do grupo, deputado Zucco (PL-RS), também afirma ter acionado o Conselho de Ética da Câmara.
O deputado estadual de São Paulo Guto Zacarias (União Brasil) também formulou uma representação sobre o tema direcionada ao Conselho de Ética da Casa e pede a perda do mandato de Hilton.
Além de outros parlamentar de oposição, como Paulo Bilynskyj, também representaram contra a congressista do PSOL-SP no Conselho de Ética. “A manutenção desses agentes no cargo configura desvio de finalidade, em violação frontal aos princípios da administração pública consagrados no artigo 37 da Constituição Federal, bem como às normas internas desta Casa”, diz um trecho da representação.
Entenda o caso
Uma reportagem do portal Metrópoles, publicada na segunda-feira, 23, apontou que a deputada tem dois maquiadores contratados com salário da Câmara. Índy Montiel e Ronaldo Hass, que costumam maquiar a parlamentar, possuem cargos de comissão.
Ronaldo aparece nos registros da Câmara desde maio de 2024. Em maio, ele recebeu R$ 9.678,22 bruto de salário. Já, Índy foi contratado em dezembro do ano passado e em maio recebeu R$ 2.126,59. Ambos compartilharam registros de maquiagens da deputada por redes sociais.
Reações
A informação sobre a contratação de maquiadores gerou reações dos opositores de Erika. “Políticos e seus privilégios…Enquanto o povo rala para pagar as contas, tem deputada bancando dois maquiadores com dinheiro público. Não dá mais para aceitar esse tipo de absurdo. Cargo público é missão, não camarim de luxo”, disse o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo) em comentário na rede X.
Outro que se manifestou foi o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG). Nos seus stories de sua conta no Instagram, Nikolas fez um print da matéria do Metrópoles, e disse: “Ela tá certa, errado é quem votou nisso…”.
Já o deputado federal Junio Amaral (PL-MG) protocolou uma representação na Procuradoria-Geral da República (PGR) pela nomeação dos dois funcionários no gabinete parlamentar.
Na representação, Junio Amaral alegou que Hilton lotou em seu gabinete dois servidores, “desviando suas funções para atender a parlamentar como maquiadores, função totalmente irregular diante das atribuições” definidas em norma da Câmara.
Compartilhe essa notícia com seus amigos
Siga nossas redes