POLÍTICA
Ex-servidores do ministério denunciam Silvio Almeida por difamação
Ex-ministro já é alvo de um inquérito da Polícia Federal que apura os relatos de assédio
O ex-ministro Silvio Almeida está sendo alvo mais uma vez de acusações. Duas ex-servidoras do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania encaminharam uma nova denúncia à Procuradoria-Geral da República (PGR), desta vez sobre injúria e difamação. Elas foram citadas em uma nota divulgada pela pasta para rebater as acusações de assédio sexual. O ex-ministro já é alvo de um inquérito da Polícia Federal que apura os relatos de assédio .
Conforme a coluna Aguirre Talento, do UOL, na nota, o ministério apontou, sem apresentar provas, suspeitas de irregularidades em uma licitação para o serviço do Disque 100, usada para denúncias de assédio sexual. A pasta declarou ainda que houve tentativa indevida de interferência na licitação pela organização Me Too, que botou a tona a existência de casos de assédio sexual por parte de Silvio Almeida, e citou duas servidores demitidas no episódio.
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Kelly Garcêz, que foi coordenadora-geral do Disque 100, e Iany Brum, que também exerceu a função de coordenação do serviço, foram as autoras da representação contra a PGR.
"As declarações contidas na nota pública em tela, amplamente divulgadas pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, se revestem de gravidade e atentam diretamente a honra, o decoro e a dignidade dos servidores públicos federais, ora representantes, com reflexos na reclamação da administração pública e dos serviços institucionais da pasta ministerial", diz a representação, assinada pelo advogado Paulo Emílio Catta Preta.
A defesa das servidores pede uma nova investigação criminal contra Silvio Almeida para apurar os crimes contra a honra. O relator do inquérito é o ministro do Supremo Tribunal Federal, André Mendonça.
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A representação ainda aponta que o uso dos canais oficiais de comunicação do governo torna a conduta mais grave. “Demonstra evidente desvio de função e utilização de recursos públicos para fins particulares”, diz o documento.
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, ainda não se manifestou a respeito do pedido.
Procurada, a defesa de Silvio Almeida disse que não iria se manifestar.
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