POLÍTICA
Lula diz na COP30 ser preciso “impor nova derrota aos negacionistas”
Presidente afirmou que a crise climática já é uma tragédia do presente

Por Flávia Requião

Em discurso na COP30, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que a conferência, realizada em Belém, será “a COP da verdade” e pediu uma reação global contra o negacionismo climático. Lula destacou que o mundo já enfrenta os efeitos concretos do aquecimento global e alertou que o planeta está “andando na direção certa, mas na velocidade errada”.
“A mudança do clima já não é uma ameaça do futuro. É uma tragédia do presente”, disse.
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O presidente lembrou que o furacão Melissa, no Caribe, e o tornado que atingiu o Paraná, no Sul do Brasil, deixaram vítimas fatais e rastros de destruição. Segundo ele, fenômenos extremos vêm se intensificando em todo o mundo, das secas e incêndios na África e na Europa às enchentes na América do Sul e no Sudeste Asiático, ampliando o sofrimento das populações mais vulneráveis.
“A COP30 será a COP da verdade. Na era da desinformação, os obscurantistas rejeitam não só as evidências da ciência, mas também os progressos do multilateralismo. Eles controlam algoritmos, semeiam o ódio e espalham o medo. Atacam as instituições, a ciência e as universidades. É momento de impor uma nova derrota aos negacionistas”, afirmou Lula.
Lula ressaltou ainda que o Acordo de Paris foi fundamental para conter um cenário de catástrofe climática global, mas advertiu que o ritmo de implementação das metas é insuficiente.
“Sem o Acordo de Paris, o mundo estaria fadado a um aquecimento catastrófico de quase cinco graus até o fim do século. Estamos andando na direção certa, mas na velocidade errada. No ritmo atual, ainda avançamos rumo a um aumento superior a um grau e meio na temperatura global. Romper essa barreira é um risco que não podemos correr”, disse.
Lula também afirmou que a Cúpula de Belém foi “o ponto de chegada de um caminho” que o Brasil propôs à comunidade internacional, integrando as agendas do G20 e do BRICS. Segundo ele, o Chamado à Ação, lançado após o encontro, sintetiza os compromissos que o país pretende levar aos debates da COP e “além dela”.
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