Robinson critica gestões anteriores e se diz pronto para Prefeitura

Especulado para ser o nome do PT, que já bateu o martelo sobre ter uma candidatura própria em Salvador no próximo pleito, o deputado estadual Robinson Almeida afirmou estar pronto para o desafio, mas, assim como o vice-governador Geraldo Jr., pregou necessidade de uma decisão que fortaleça a unidade da base governista.

Segundo o líder da Federação PT, PCdoB e PV na Assembleia Legislativa, o governador Jerônimo Rodrigues (PT) tem estado atento à essa necessidade de fechar a questão em torno da opinião de toda a base e não há uma pressa na tomada dessa decisão.

"Tem muita água pra rolar. Estamos no início do segundo semestre e o tempo político para a decisão em uma grande cidade como Salvador é de até um ano antes da eleição, no mês de outubro. Creio que o governador está antenado com essa necessidade de pactuar com os partidos da base, sobre qual a melhor candidatura e arrumação para disputa nesses municípios", afirmou em conversa com o portal A TARDE durante a abertura da Feira e Convenção Baiana de Supermercados, Atacados e Distribuidores (SuperBahia).

"Estou muito tranquilo. Meu nome foi colocado, vai ser avaliado junto com os partidos da base e se for me dada essa missão, procurarei desempenhá-la com bastante dedicação, apresentando um programa alternativo para a nossa cidade que priorize a inclusão social, geração de empregos e a melhora de serviços de saúde e de transporte".

Êxodo soteropolitano

O deputado criticou ainda as gestões do ex-prefeito ACM Neto (União Brasil) e do atual gestor Bruno Reis (União Brasil) utilizando o recorte do último Censo do IBGE, que apontou que 5% da população soteropolitana deixou a cidade nos últimos anos.

Segundo ele, esse movimento foi causado pelo encarecimento dos serviços básicos na cidade e a responsabilidade seria do grupo de oposição ao governo estadual.

"Salvador perdeu 500 mil habitantes, de acordo com o último Censo, e as pessoas só saem de uma cidade em busca de oportunidades que não acham na sua. Creio que os 10 anos de governos do grupo de oposição são os verdadeiros responsáveis por esse momento que Salvador vive. Uma cidade muito cara, com um IPTU que impede a vinda de investimentos, uma máquina arrecadadora com uma indústria de multas, tudo que precisa ser colocado no debate político do ano que vem", concluiu.