POLÍTICA
“São 1.200 capturados e vamos prender mais mil”, diz Maduro
Líder ditador tem detido pessoas que estão manisfestando contra sua reeleição e defendendo fraude no resultado eleitoral
Por Da Redação
O presidente da Venezuela , Nicolás Maduro ,declarou na quinta-feira,1, que 1.200 pessoas já foram presas nos protestos que eclodiram no país após a sua reeleição que tem sido contestada pela oposição. Ainda segundo o líder, o regime está estabelecendo prisões de segurança máxima para receber os manifestantes.
Leia mais
>> Maduro propõe a EUA 'retomar o diálogo' sobre Venezuela
"São 1.200 capturados, e vamos prender mais mil", disse, em vídeo durante um ato que foi publicado em suas redes sociais. "Vou colocar todos em Tocorón", continua, em referência a uma penitenciária de segurança máxima, diante dos aplausos de apoiadores.
Em outro evento, transmitido também nesta quinta pelo canal estatal VTV, o ditador ressaltou que está preparando duas prisões de segurança máxima para os capturados.
Leia mais
>> Brasil pressiona para que Venezuela divulgue atas eleitorais
“Todos os manifestantes vão para Tocorón e Tocuyito”, afirmou. Esses dois presídios permaneceram sob controle de grupos criminosos por anos, até serem atacados pelas forças de segurança em 2023 —Tocorón, por exemplo, era centro operacional do Trem de Aragua, uma das gangues mais violentas do país.
Maduro também se referiu aos manifestantes como terroristas e delinquentes. Ele afirmou ainda que os que saíram às ruas são membros de "quadrilhas de nova geração", comparando-os às gangas no Haiti e às pandillas centro-americanas.
“Querem transformar a Venezuela em um novo Haiti”, declarou o mandatário. “Tem muito caminho a percorrer, então que fazem estradas”, acrescentou, em alusão à “reeducação” que será inovadora nestes presídios.
Leia mais
>>Maduro chama Elon Musk para brigar; bilionário aceita
Os protestos já resultaram em 12 mortes, incluindo de um militar. Liderados por María Corina Machado e seu candidato, Edmundo González Urrutia, os opositores denunciam uma "escalada cruel e repressiva do regime".
Em meio às manifestações, estátuas de Hugo Chávez, antecessor de Maduro morto em 2013, foram derrubadas, assim como alguns dos enormes painéis com o rosto do ditador que cobrem as avenidas de todo o país.
Compartilhe essa notícia com seus amigos
Cidadão Repórter
Contribua para o portal com vídeos, áudios e textos sobre o que está acontecendo em seu bairro
Siga nossas redes