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União Brasil e PP encontram desafio para federação

Deputado baiano ameniza impasse político em sete estados

Publicado terça-feira, 07 de março de 2023 às 08:03 h | Autor: Da Redação
União Brasil e PP miram federação que traz força na Câmara
União Brasil e PP miram federação que traz força na Câmara -

A criação da federação entre o União Brasil e o PP tem enfrentado barreiras que nascem no âmbito das disputas políticas no diretórios regionais, em sete estados, segundo publicação do jornal Folha de S. Paulo desta terça-feira, 7. 

Apesar dos desafios, o deputado Elmar Nascimento (União Brasil-BA) disse para a publicação que a situação será resolvida em breve. "Está avançando. Fechamos em 15 dias", disse.Os principais desafios estão nos estados do Maranhão, Minas Gerais, Pernambuco, Rio de Janeiro, Paraíba, Paraná e São Paulo.

Ao Portal A TARDE, Cacá Leão (PP) disse que não tem acompanhado as discussões relacionadas com a formação da federação, que ocorrem em Brasília. 

Caso a negociação sobre a união avance, o PP o União Brasil teria uma mega bancada de  108 deputados. Ainda existe a chance do Avante se unir na federação, cenário que levaria a soma de  115 integrantes. No momento, a maior bancada é a do partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, o PL, com 99 deputados. Em seguida, o grupo do PT, PC do B e PV contabilizam 81 nomes.

A dúvida da participação do Avante está relacionada com o desejo do diretório  de Minas Gerais, que sofreu com resistências. 

Pela lei das federações partidárias, os partidos têm até o dia 31 de maio para que possam se juntar em 2023. As federações ainda são obrigadas a  atuar de forma unitária durante os quatro anos após as eleições, no âmbito federal, estadual e municipal. O cenário também causa desconforto entre membros das siglas. 

O impasse regional precisa ser resolvido pelo grupo político mais influente localmente, que passa a ficar com o diretório estadual. Se o governador for filiado a um dos partidos, o grupo ligado ao gestor estadual deve ter preferência na hora de bater o martelo sobre a presidência do grupo.

Caso não exista um governador da federação, a frente da decisão para o cargo fica com a sigla com mais senadores. Em caso de empate, passa a valer a quantidade de deputados eleitos no cenário estadual. 

A novidade é bem vista por  políticos influentes no Congresso, que temem perder espaço em determinada região. Um exemplo está na Paraíba, onde o  União Brasil ficaria com a liderança do diretório, por causa do senador Efraim Filho (UB). No entanto, os aliados do deputado federal Aguinaldo Ribeiro (PP)  não querem perder força local e a chance de colocar um candidato para as eleições municipais de 2024.

Um segundo exemplo do dilema está em Pernambuco, onde o presidente nacional do União Brasil, Luciano Bivar, disputa o diretório regional com os grupos de Mendonça Filho (UB) e Dudu da Fonte (PP).

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